Ano novo e a sensação que precisamos renovar tanta coisa. É a ideologia capitalista a nossa volta, na mídia, no cotidiano. Mas sinceramente acredito que precisamos sim, retroceder, voltar ao passado e resgatar o que sentíamos quando crianças:
crer novamente nas pessoas;
crer em uma divindade que torna tudo perfeito;
crer que a vida é linda;
acreditar piamente que os valores familiares valem a pena;
e que amar aqueles que nos amam é imprescindível.
Assim, os anos que virão serão mais leves, mais bonitos e coloridos.
E nós, consequentemente, seremos mais felizes no presente e no futuro.
Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Um mergulho no passado
Adoro mergulhar no passado através de um velho álbum de fotografias. Em qualquer passado. Meu ou de outras pessoas. E melhor ainda se este álbum não nos pertencer e encontrarmos fotos nossas que nem sabíamos ou lembrávamos que existiam. Aconteceu comigo neste natal. Dia 25, no Conde, na casa da minha avó, resolvi remexer nas fotos dela. Era para encontrar minha avó mais nova, suas diversas épocas e momentos, seus amigos, suas lembranças. Mas no caminho, me achei.
Pequenina, um bebê de 15 dias, com traços leves do que me tornaria. Nas dedicatórias, com letra do meu estimado pai, uma lembrança de sua primeira filha para os avós queridos.
Depois, com menos de um ano, faceira, entre brinquedos. Senti saudade de um brinquedo que não foi guardado: a linda boneca que era quase do meu tamanho. Só restou mesmo a imagem no papel fotossensível.
Ou com meu irmão, JR, com os dentes amarelados de tanto remédio (eu tinha sérios problemas respiratórios e alérgicos).
Em seguida aos 4 anos, em pose de tímida, tão séria.
Depois, com um cabelo de praia, uma brasília amarela ao fundo e um corpo magérrimo, bem versão twiggy, de dar inveja!!!
Aproveitei para digitalizar sem recurso: foto da foto!
E fiquei refletindo sobre os álbuns virtuais de agora.
Está aqui, está publicado. Mas nada se compara a sensação de tocar o papel fotográfico, suporte tão em extinção.
Pequenina, um bebê de 15 dias, com traços leves do que me tornaria. Nas dedicatórias, com letra do meu estimado pai, uma lembrança de sua primeira filha para os avós queridos.
Depois, com menos de um ano, faceira, entre brinquedos. Senti saudade de um brinquedo que não foi guardado: a linda boneca que era quase do meu tamanho. Só restou mesmo a imagem no papel fotossensível.
Ou com meu irmão, JR, com os dentes amarelados de tanto remédio (eu tinha sérios problemas respiratórios e alérgicos).
Em seguida aos 4 anos, em pose de tímida, tão séria.
Depois, com um cabelo de praia, uma brasília amarela ao fundo e um corpo magérrimo, bem versão twiggy, de dar inveja!!!
Aproveitei para digitalizar sem recurso: foto da foto!
E fiquei refletindo sobre os álbuns virtuais de agora.
Está aqui, está publicado. Mas nada se compara a sensação de tocar o papel fotográfico, suporte tão em extinção.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Caminho de luz com a galera off road
Sabe esses passeios despretensiosos que fazemos, quando o máximo a esperar é oportunidade de sair de casa? assim foi ontem. Fui com Aless para Piatã, para encontrar a galera do Clube do Jipe, no Armazém Paulistano, um boteco legal, que tem até sushi bar. Fomos bem recebidas por várias pessoas e aproveitamos para abastecer o humor, enquanto aguardávamos a saída.
Tinha um moço com uma buzina muito engraçada e usando o gorro do papai noel, que fofo! super bom astral.
Saímos num comboio de uns doze carros apenas e eles, super organizados, nos entregaram o roteiro e um adesivo.
E lá fui eu, dando risada com a Aless e fotografando o que dava... com velocidade no obturador em 20/1, eu me desdobrava para tentar salvar as fotos enquando o carro seguia.
Passamos pela orla, Barra, Campo Grande, Avenida 7, Carlos Gomes, descemos para a cidade baixa, comércio, Igreja do Bomfim...
Desencanei de querer boas imagens, até porque achei a iluminação de Salvador bem pobrezinha e vendo pela janela do carro, pior ainda.
Só paramos na Ribeira. Um dos componentes do Clube estava aniversariando e eles resolveram sentar num boteco. Mas eu e Aless, e toda a gurizada, formada de filhos dos Jipeiros, seguimos para o sorvete famoso da Ribeira. Onze da noite, tudo fechando e fomos colocados para fora da sorveteria.
Divertido, iluminado.
Tinha um moço com uma buzina muito engraçada e usando o gorro do papai noel, que fofo! super bom astral.
Saímos num comboio de uns doze carros apenas e eles, super organizados, nos entregaram o roteiro e um adesivo.
E lá fui eu, dando risada com a Aless e fotografando o que dava... com velocidade no obturador em 20/1, eu me desdobrava para tentar salvar as fotos enquando o carro seguia.
Passamos pela orla, Barra, Campo Grande, Avenida 7, Carlos Gomes, descemos para a cidade baixa, comércio, Igreja do Bomfim...
Desencanei de querer boas imagens, até porque achei a iluminação de Salvador bem pobrezinha e vendo pela janela do carro, pior ainda.
Só paramos na Ribeira. Um dos componentes do Clube estava aniversariando e eles resolveram sentar num boteco. Mas eu e Aless, e toda a gurizada, formada de filhos dos Jipeiros, seguimos para o sorvete famoso da Ribeira. Onze da noite, tudo fechando e fomos colocados para fora da sorveteria.
Divertido, iluminado.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
O social na educação
Estou ministrando pela segunda vez a disciplina Comunicação em Organizações Sociais em uma turma de Gestão em Cooperativas. Turma noturna. Mais de 50 alunos. Tem gente de Cruz, Santo Antonio de Jesus, Feira de Santana e Castro Alves.
Lancei um desafio de uma campanha de comunicação, para que eles, em grupos de 4 ou 5 pessoas, desenvolvessem com uma instituição sem fins lucrativos, que visasse, além de divulgar a existência e os serviços oferecidos pela instituição, mobilizar a comunidade externa para ajudar em algo que a instituição tem carência.
Meus orientados fizeram o diagnóstico dos 'clientes', detectaram o que precisava ser divulgado e que tipo de mobilização seria mais interessante para resolver uma carência. Criaram logomarcas e slogans, desenvolveram releases, boletins, folders, folhetos, foram às rádios divulgar as campanhas, fizeram vídeos, cartazes, camisas e mobilizaram muita gente.
As instituições:
Em Cruz - ASCOMCA, Pestalozzi, Obreiros da Fraternidade, Projeto Cristão Solidário, Abrigo dos Idosos, Comunidade da Baixa da Linha e Clube de Escoteiros.
Em Feira: Lar do Irmão Velho
Em Santo Antonio de Jesus: Hemoba
Em Castro Alves: Lar do Idoso.
A equipe de Feira de Santana envolveu ainda a Federação do Tênis de Mesa e fez um evento esportivo que conseguiu arregadar 400 pacotes de fraldas geriátricas para o abrigo de idosos.
Em Cruz, a equipe que trabalhou com o abrigo de idosos local conseguiu intermediar um desconto de mais de 1.500 reais com uma empresa de fraldas e conseguiu que uma rádio divulgasse uma campanha que incentiva a visitação aos idosos. Também em Cruz uma outra equipe fez campanha numa empresa para arrecadar notas fiscais para a Pestalozzi local e conseguiram 13 mil notas, o que dá à instituição um prêmio de mil reais pelo projeto sua nota é um show de solidariedade do governo estadual.
A ASCOMCA, que cuida de crianças em situação de risco, ganhou uma campanha visando arrecadar alimentos para uma festa de Natal e os alunos conseguiram o apoio da Igreja Adventista, para aumentar a arrecadação.
A associação Obreiros da Fraternidade também ganhou uma campanha para arrecadar alimentos para ajudar nas cestas básicas que eles distribuem agora no final do ano.
O Projeto Cristão Solidário da Igreja Católica ficou conhecido entre os fiéis, que nem sabiam que ele existia, e só com a ajuda deles, arrecadou mais de 100 kg de alimentos.
Em Santo Antonio, a equipe que divulgou o HEMOBA local conseguiu patrocinadores para uma campanha de incentivo a doação e fizeram camisas que ficaram muito bonitas. Veja o vídeo deles.
Ao todo foram dez instituições atendidas. E todos os estudantes foram avaliados não só por mim mas também pelos administradores das instituições, que ficaram satisfeitos com a divulgação e com os resultados da mobilização.
É muito legal ver a universidade agir pelo social e ajudar a mudar a realidade local.
Gosto disso. E durmo feliz, sabendo que meu papel de educadora e de comunicadora se cumpre nessas atividades que unem a teoria à prática.
Lancei um desafio de uma campanha de comunicação, para que eles, em grupos de 4 ou 5 pessoas, desenvolvessem com uma instituição sem fins lucrativos, que visasse, além de divulgar a existência e os serviços oferecidos pela instituição, mobilizar a comunidade externa para ajudar em algo que a instituição tem carência.
Meus orientados fizeram o diagnóstico dos 'clientes', detectaram o que precisava ser divulgado e que tipo de mobilização seria mais interessante para resolver uma carência. Criaram logomarcas e slogans, desenvolveram releases, boletins, folders, folhetos, foram às rádios divulgar as campanhas, fizeram vídeos, cartazes, camisas e mobilizaram muita gente.
As instituições:
Em Cruz - ASCOMCA, Pestalozzi, Obreiros da Fraternidade, Projeto Cristão Solidário, Abrigo dos Idosos, Comunidade da Baixa da Linha e Clube de Escoteiros.
Em Feira: Lar do Irmão Velho
Em Santo Antonio de Jesus: Hemoba
Em Castro Alves: Lar do Idoso.
A equipe de Feira de Santana envolveu ainda a Federação do Tênis de Mesa e fez um evento esportivo que conseguiu arregadar 400 pacotes de fraldas geriátricas para o abrigo de idosos.
Em Cruz, a equipe que trabalhou com o abrigo de idosos local conseguiu intermediar um desconto de mais de 1.500 reais com uma empresa de fraldas e conseguiu que uma rádio divulgasse uma campanha que incentiva a visitação aos idosos. Também em Cruz uma outra equipe fez campanha numa empresa para arrecadar notas fiscais para a Pestalozzi local e conseguiram 13 mil notas, o que dá à instituição um prêmio de mil reais pelo projeto sua nota é um show de solidariedade do governo estadual.
A ASCOMCA, que cuida de crianças em situação de risco, ganhou uma campanha visando arrecadar alimentos para uma festa de Natal e os alunos conseguiram o apoio da Igreja Adventista, para aumentar a arrecadação.
A associação Obreiros da Fraternidade também ganhou uma campanha para arrecadar alimentos para ajudar nas cestas básicas que eles distribuem agora no final do ano.
O Projeto Cristão Solidário da Igreja Católica ficou conhecido entre os fiéis, que nem sabiam que ele existia, e só com a ajuda deles, arrecadou mais de 100 kg de alimentos.
Em Santo Antonio, a equipe que divulgou o HEMOBA local conseguiu patrocinadores para uma campanha de incentivo a doação e fizeram camisas que ficaram muito bonitas. Veja o vídeo deles.
Ao todo foram dez instituições atendidas. E todos os estudantes foram avaliados não só por mim mas também pelos administradores das instituições, que ficaram satisfeitos com a divulgação e com os resultados da mobilização.
É muito legal ver a universidade agir pelo social e ajudar a mudar a realidade local.
Gosto disso. E durmo feliz, sabendo que meu papel de educadora e de comunicadora se cumpre nessas atividades que unem a teoria à prática.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Em cena: Senna
Ontem fui assistir ao documentário Senna, do britânico Asif Kapadia. O diretor conseguiu imagens muito interessantes, com o piloto em família, em diversas escuderias, nos bastidores do mundo da F1, imagens de reuniões de pilotos com a diretoria da FIA, de emissoras de TV do Brasil e estrangeiras... ao final temos um filme que emociona, mas que nos mostra o quanto esse moço brasileiro teve um papel importante para que o esporte se tornasse mais seguro. Questionador, de personalidade forte, o Senna do doc é um bom moço, mas que não leva desaforo pra casa e só agora vi um jovem que de alguma maneira, era comprometido com a segurança, apesar da ousadia que demonstrava nas pistas, principalmente em dias de chuva.
Quando ele morreu, eu estava sozinha em frente a uma TV, em Campo Grande (MS), longe da minha família há anos e na hora liguei para minha mãe chorando, como se tivesse perdido um parente. Em Itabuna (BA) minha mãe também chorava.
Ontem saí do cinema com a mesma sensação de perda. E em casa não deu pra segurar minha tristeza, talvez de saudade pelo vazio deixado por esse moço.
Sei que ele era um cara do bem, um jovem que servia de modelo, de exemplo e onde estiver, sei que está amparado pela espiritualidade amiga.
Mas fiquei me perguntando, como os dirigentes puderam deixar a corrida acontecer se nos dias anteriores o Rubinho havia se acidentado e se machucado e o piloto austríaco Ratzenberger havia morrido? como um esporte com amarras tão fortes de grana, patrocínios, etc. perdeu-se diante de tudo isso e não percebeu que colocava em risco a vida de seus atores principais?
Depois da morte de Senna não houve mais tragédias na F1, mas a imagem do presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean-Marie Balestre, puxando sardinha para Alain Prost me deixou a impressão de que muita coisa precisava mudar... e queria saber: será que mudou?
Quando ele morreu, eu estava sozinha em frente a uma TV, em Campo Grande (MS), longe da minha família há anos e na hora liguei para minha mãe chorando, como se tivesse perdido um parente. Em Itabuna (BA) minha mãe também chorava.
Ontem saí do cinema com a mesma sensação de perda. E em casa não deu pra segurar minha tristeza, talvez de saudade pelo vazio deixado por esse moço.
Sei que ele era um cara do bem, um jovem que servia de modelo, de exemplo e onde estiver, sei que está amparado pela espiritualidade amiga.
Mas fiquei me perguntando, como os dirigentes puderam deixar a corrida acontecer se nos dias anteriores o Rubinho havia se acidentado e se machucado e o piloto austríaco Ratzenberger havia morrido? como um esporte com amarras tão fortes de grana, patrocínios, etc. perdeu-se diante de tudo isso e não percebeu que colocava em risco a vida de seus atores principais?
Depois da morte de Senna não houve mais tragédias na F1, mas a imagem do presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean-Marie Balestre, puxando sardinha para Alain Prost me deixou a impressão de que muita coisa precisava mudar... e queria saber: será que mudou?
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
A comunicação em processos decisórios
Meu trabalho final na disciplina como aluna especial do dout FACED. Espero que ele tenha alguma utilidade: Uma cartilha sobre comunicação na avaliação.
Volto em 2017 para dizer que a disciplina gerou frutos anos depois. Os estudos viraram um artigo publicado na Bocc/PT
http://www.bocc.ubi.pt/pag/lins-alene-2017-contribuicoes-efetiva-comunicacao.pdf
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Você é o que você compartilha...
Dois dias participando de um evento sobre educação e ética hacker e estou convencida que o mundo vai mudar. Não é mais uma questão utópica. É porque agora estamos tendo algumas ferramentas que vão possibilitar as mudanças. Uma dessas ferramentas é a net e possibilidade de compartilhar em rede. Ouvi e vi experiências de compartilhamento na música, na arte, e com passos ainda curtos, na educação. Mas a fala que mais me emocionou foi a do Sérgio Amadeu ao falar das sociedades de controle e como a educação e as escolas ainda reproduzem isso. Precisamos fazer uma revolução na educação, tornar a escola um lugar mais livre, que incentive o estudante a buscar o aprendizado do que gosta, movido pela paixão. Não há lógica em impor uma série de conteúdos que hoje já se pode buscar sozinho pela net, nem fazê-los decorar tudo. É preciso orientar para o compartilhamento, para a possibilidade da descoberta, para a inovação, invenção, criação. Professor é bússula apenas. Mas precisa navegar também, descobrir o universo que está na rede e aprender a compartilhar com seus alunos.
Acredito que o GEC da FACED vai editar o material e disponibilizar. Vale a pena conferir.
Acredito que o GEC da FACED vai editar o material e disponibilizar. Vale a pena conferir.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
O poder de não comunicar ou filtrar palavras
Vivo dizendo que palavra é poder. E não é porque li em algum lugar não, é porque tenho vivenciado ao longo da minha vida, desde que ouvi minha mãe dizer isso, quando menina. Lá em casa aprendemos a não dizer nomes feios para não atraí-los. E 'palavrões' eram proibidos, não por falta de educação, mas para que não fizessem parte da nossa realidade como algo físico, que poderia realmente acontecer. E com o tempo, pelo hábito, aprendemos a nem pensar em nomes feios... usamos um outro vocabulário para dizer sentimentos e emoções que nos dão insatisfação.
Também na proteção espiritual, aprendi desde cedo a verbalizar um campo protetor (o manto azul de Jesus Cristo), sobre o corpo físico em diversas situações. Sempre verbalizei tal proteção quando enfrentei estradas, viagens... e sempre funcionou. Mas além das palavras, conheci há pouco o poder dos sentimentos, das emoções.
Tive o prazer de receber, numa dessas correntes de emails, um material sobre Gregg Braden. Achei textos sobre ele e fui ao YouTube para ouvir suas entrevistas (claro, estão em inglês - mas há algumas legendadas em espanhol), e gostei do que diz o moço.
Ele, de formação nas ciências duras, era astrofísico da Nasa e sempre se questionou por que algumas culturas acreditavam em questões transcendentais, como poder do pensamento, chacras, etc. E foi investigar, com um grupo de cientistas, sobre questões da física, da estrutura molecular, do DNA e de como pensamento, emoção e sentimento interferem nisso tudo.
O resultado não está na mídia, mas os experimentos são interessantes e dizem muito da nossa ignorância sobre nossa própria mente. Ao que parece a ciência está percebendo que a máxima 'tudo se transforma' tem um aspecto ainda mais forte: 'o tempo todo' e que somos os maiores transformadores do nosso universo.
Por isso, a importância de pensar, sentir e falar coisas boas. De procurar ficar longe de coisas (objetos), de filmes, pessoas, palavras, noticiários de violência. Não é ficar à parte, mas filtrar, saber quando está sendo excessivo, perceber que as energias precisam ser renovadas e fazer o máximo para renová-las com nossas atitudes mentais.
Também na proteção espiritual, aprendi desde cedo a verbalizar um campo protetor (o manto azul de Jesus Cristo), sobre o corpo físico em diversas situações. Sempre verbalizei tal proteção quando enfrentei estradas, viagens... e sempre funcionou. Mas além das palavras, conheci há pouco o poder dos sentimentos, das emoções.
Tive o prazer de receber, numa dessas correntes de emails, um material sobre Gregg Braden. Achei textos sobre ele e fui ao YouTube para ouvir suas entrevistas (claro, estão em inglês - mas há algumas legendadas em espanhol), e gostei do que diz o moço.
Ele, de formação nas ciências duras, era astrofísico da Nasa e sempre se questionou por que algumas culturas acreditavam em questões transcendentais, como poder do pensamento, chacras, etc. E foi investigar, com um grupo de cientistas, sobre questões da física, da estrutura molecular, do DNA e de como pensamento, emoção e sentimento interferem nisso tudo.
O resultado não está na mídia, mas os experimentos são interessantes e dizem muito da nossa ignorância sobre nossa própria mente. Ao que parece a ciência está percebendo que a máxima 'tudo se transforma' tem um aspecto ainda mais forte: 'o tempo todo' e que somos os maiores transformadores do nosso universo.
Por isso, a importância de pensar, sentir e falar coisas boas. De procurar ficar longe de coisas (objetos), de filmes, pessoas, palavras, noticiários de violência. Não é ficar à parte, mas filtrar, saber quando está sendo excessivo, perceber que as energias precisam ser renovadas e fazer o máximo para renová-las com nossas atitudes mentais.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Por uma educação na política e por uma educação política
Será que é tão complicado ensinar nas escolas que governar e legislar é definir o futuro de uma nação? Será que nossas crianças compreenderiam que para gerir um país, estado ou munícipio e fazer leis, tais representantes do povo precisam estar preparados, conhecer sobre políticas públicas, sobre direitos e deveres, sobre ética e gestão de dinheiro? será que, assim como nos preocupamos em formar platéias para cinema e teatro, conseguiríamos formar eleitores conscientes?
É um desafio que gostaria de propor à elite do MEC que estabelece o que entra ou não nos currículos escolares.
É um absurdo, a cada eleição, vermos pessoas sendo eleitas e reeleitas sem que tenham uma única proposta coerente ou preparação mínima para legislar ou governar. E ficamos inertes diante de uma enorme população de eleitores que votam em figuras por identificações várias que não a competência mínima ou moral para tal.
E nos impomos a cada eleição mais quatro anos sujeitos a escândalos, falcatruas, corrupção e descaso com melhorias reais.
Ontem meu Arthur me perguntou em quem eu votei. Falei do voto secreto. De que ninguém precisa saber em quem votei. Mas que votei consciente que estava escolhendo alguém que acredito, tem proposta séria, porque conheço um pouco do seu passado e de suas intenções. Disse que não é certeza de nada, mas que eu estava votando porque é meu direito tentar acertar na escolha do meu representante. Meu Arthur, de 7 anos e meio, me olhou como se não entendesse muito, mas disse que um dia também quer votar. Foi a primeira pequena lição, mas estou iniciando a formação do meu futuro eleitor...
e enquanto as escolas não se preocuparem realmente com isso, nós pais precisamos nos preocupar. Só teremos o Brasil que queremos quando efetivamente formos eleitores cidadãos de verdade, exigentes com aqueles que nos representam.
É o tal controle de qualidade que exigimos de nossos médicos, professores, engenheiros... por que nossos políticos podem ser pilantras, mentirosos e embustes? jogamos voto fora como se fosse supérfluo, descartável.
Quatro anos é muito tempo.
Por uma educação na política, com pessoas que tenham pelo menos cursos técnicos ou superiores em administração, gestão pública, ciências sociais... e por uma educação escolar que contemple discussões e análises sobre como devemos escolher nossos governantes e legisladores.
domingo, 5 de setembro de 2010
Das escolhas que fazemos
A vida, definitivamente, é um emaranhado de escolhas que resultam naquilo que nos tornamos.
Escolhi sair de Campo Grande. Formada. Livro escrito, dez na nota final do TCC, convites para iniciar a carreira acadêmica, uma carreira que deslanchava como assessora e repórter. Mas escolhi, ESCOLHI, vir para a Bahia. E lá se foram alguns sonhos adiados.
Juazeiro foi a cidade onde arrumei o primeiro emprego como jornalista na Bahia. Tudo de novo, provar que sabe fazer, ralar por salário baixo... até que um dia coloquei a primeira matéria na GLOBO rio, e aí não precisava provar mais nada. Mas o salário ainda era baixo, mais baixo que o pior dos salários de Campo Grande.
Comecei a namorar um moço naquela cidade. Escolhi ir embora. ESCOLHI continuar o namoro na distância, que tinha altos e baixos. Escolhi ter com ele um filho. Escolhi permanecer longe dele quando o filho nasceu e escolhi terminar com ele quando a relação estava mais pra baixo que o normal.
ESCOLHI ser mãe sozinha e solteira, mas como amávamos o nosso menino, e ele tinha sido planejado, escolhi fazer um concurso e arrumar um emprego perto do moço, para que o meu filhote tivesse a presença do pai, que agora morava em Salvador.
ESCOLHI. E fui fazendo essas escolhas, que me colocaram cada vez mais em situações de desapego da minha própria vida. Escolhi a família do moço como porto seguro da minha vida, que ficou estagnada, parada em algum lugar do passado. No concurso que fiz, ESCOLHI uma profissão que não é do meu perfil, eu, tão prática, tão ativa, tão de ir e fazer... escolhi a Academia, onde o pesquisar vale mais que o ensinar e o praticar.
Escolhi tanto... e fico de uma janela observando o resultado dessas escolhas como se pudesse dar um rewind nesta fita de vídeo que não vai para canto nenhum.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Das dores de mãe
Volta e meia me vejo em crises nos últimos anos. E em boa parte delas, o papel de mãe é colocado no tabuleiro da vida e eu, sempre em xeque-mate.
Mudando de cidade, vivendo longe da minha família, buscando emprego para ter a tal estabilidade e o que me move? um garotinho.
Um ser que me escolheu para que eu o eduque e o ame, para que eu caminhe sempre com ele em pensamento. Porque ser mãe, mãe de verdade, é cometer uma auto-anulação, não como sacrifício, nem como necessidade, mas por opção. Porque o garotinho é o sentido de minha existência.
Antes dele, eu não via sentido em viver, achava a terra um saco e essa encarnação, extremamente caótica. Ainda acho tudo isso, mas aceitei a missão de criá-lo e é nela que vejo graça em permanecer.
Agora, pela segunda vez, estou me desmamando do papel de mãe integral, porque o meu Arthur Frederico, pela segunda vez, está morando com o pai e fica comigo apenas nos finais de semana.
Coração aos prantos, acordando de madrugada, choro fácil, taquicardia, pressão instável, olcadil, isolamento, dificuldade de concentração, pessimismo... é crise.
Mas crise, segundo os chineses, é tempo de mudar, oportunidade de repensar.
E tenho repensado o meu papel de mãe.
domingo, 25 de julho de 2010
Das grandes amizades
Amizades de verdade nos enchem a alma. Elas são amizades que se constroem no dia a dia e prosseguem por anos a fio, com a mesma intensidade, vontade de compartilhar momentos e uma alegria indescritível do reencontro mesmo com intervalos de anos sem encontros físicos.
Este final de semana reencontrei Rosangela. Minha amiga Valente, parceira em tantas coisas em Mato Grosso do Sul.
E nossos pequenos se reencontraram depois de mais de dois anos sem se verem. Nosso Jun Igor e nosso Arthur se dão bem e me enche de carinho vê-los brincando como se fosse comum esses momentos de convivência. Acho que nossos pequenos sentem a energia de amor fraterno que temos uma pela outra.
Também foi um prazer conhecer mais um pedacinho da Ro, no pequeno Victor Kenji, que vi na barriga, quando do nosso último encontro, quando fui a São Paulo e jantamos juntas, na casa do Ro, com meu querido Jorge Ijuim.
E mais uma vez, as horas passam rápido, porque contamos nossas vidas, nossas dificuldades e conquistas, e é como se estivéssemos nos colocando uma no colo da outra, porque amigo de verdade dá 'colo', para dizer ao outro: 'tudo vai dar certo, confie, porque eu confio em você!'
E assim esses encontros, mesmo raros (depois de treze anos de formadas, esse é o nosso quinto ou sexto encontro), são encontros cheios de esperança, de alegria e da emoção da amizade de verdade.
Este final de semana reencontrei Rosangela. Minha amiga Valente, parceira em tantas coisas em Mato Grosso do Sul.
E nossos pequenos se reencontraram depois de mais de dois anos sem se verem. Nosso Jun Igor e nosso Arthur se dão bem e me enche de carinho vê-los brincando como se fosse comum esses momentos de convivência. Acho que nossos pequenos sentem a energia de amor fraterno que temos uma pela outra.
Também foi um prazer conhecer mais um pedacinho da Ro, no pequeno Victor Kenji, que vi na barriga, quando do nosso último encontro, quando fui a São Paulo e jantamos juntas, na casa do Ro, com meu querido Jorge Ijuim.
E mais uma vez, as horas passam rápido, porque contamos nossas vidas, nossas dificuldades e conquistas, e é como se estivéssemos nos colocando uma no colo da outra, porque amigo de verdade dá 'colo', para dizer ao outro: 'tudo vai dar certo, confie, porque eu confio em você!'
E assim esses encontros, mesmo raros (depois de treze anos de formadas, esse é o nosso quinto ou sexto encontro), são encontros cheios de esperança, de alegria e da emoção da amizade de verdade.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Perdemos Max
Ainda lembro da primeira visita à casa de Max, acompanhada do querido Marco Franco, em 1995, numa viagem à passeio - eu morava em Mato Grosso do Sul.
Anos depois, em 2002, na mesma casa dele, Marco e Max me falavam do quanto seria enriquecedor para jornalistas fazerem o PRODEMA e para o programa, ter comunicadores. E lá fomos nós, Eu, Nane, Bete e Leo, rumo ao Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Lembro das reuniões com Max, com Paulo Terra e a força que recebemos.
Os encontros nos corredores, o bom humor, e um estado permanente de tranquilidade. E Max nos disse um dia que acreditava nesses comunicadores ambientais.
Agora estou em oração pelo nosso Max. Ele era muito especial e sabe o quanto nos era querido.
Max de Menezes, grande colaborador da Universidade Estadual de Santa Cruz, morreu em Ilhéus ontem e será enterrado hoje no Cemitério Municipal do Salobrinho, próximo ao campus da UESC, como era seu desejo.
Anos depois, em 2002, na mesma casa dele, Marco e Max me falavam do quanto seria enriquecedor para jornalistas fazerem o PRODEMA e para o programa, ter comunicadores. E lá fomos nós, Eu, Nane, Bete e Leo, rumo ao Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Lembro das reuniões com Max, com Paulo Terra e a força que recebemos.
Os encontros nos corredores, o bom humor, e um estado permanente de tranquilidade. E Max nos disse um dia que acreditava nesses comunicadores ambientais.
Agora estou em oração pelo nosso Max. Ele era muito especial e sabe o quanto nos era querido.
Max de Menezes, grande colaborador da Universidade Estadual de Santa Cruz, morreu em Ilhéus ontem e será enterrado hoje no Cemitério Municipal do Salobrinho, próximo ao campus da UESC, como era seu desejo.
domingo, 4 de julho de 2010
A cidade de açucar
Dias seguidos de chuva e vejo Salvador se dissolver como açúcar. As notícias dos telejornais são de dramas de quem se desespera frente às intempéries e com razão, pois perdem tudo em horas. Vejo ainda ações paliativas de governos que não sabem o que fazer com a falta de estrutura para suportar tanta água que cai do céu. Novela da vida real que passa em diversos capítulos que se repetem várias vezes no ano. Novela seriada, que se passa em diversas cidades. Salvador é mais uma.
sábado, 29 de maio de 2010
Recife Frio aqueceu a platéia
Ontem, na mostra competitiva do VI Panorama Coisa de Cinema, no espaço Unibanco Glaúber Rocha, um curta me chamou à atenção: Recife Frio do diretor Kleber Mendonça Filho, que estava presente na sessão. Numa lúdica ficção, o filme relata uma situação de mudança climática em Recife, tão tropical, que a torna chuvosa e fria por meses seguidos. Kléber gravou cenas do cotidiano de uma megacidade inusitada, quieta, limpa, sem odor de urina, recolhida na chuva e no frio. Perguntei quanto tempo levou para gravar tantas cenas com cinza inverno, e ele me disse que foram quase dois anos aproveitando as frentes frias que realmente tornavam o céu tão denso. Com depoimentos tipo doc drama, o filme vai revelando o que muda na vida de pessoas acostumadas com o calor, quando este se vai: vendedores de roupas, um dono de pousada que vivencia o cancelamento das reservas e pensa em criar uma ong para adotar pinguins que aparecem nas praias, um papai noel que passava mal com suas roupas no verão e se sente muito bem com as mudanças e uma família que mora em um edifício bem ventilado e começa a disputar o inóspito quartinho da empregada, que se torna o ambiente mais aconchegante da casa. Em 23 minutos de uma fábula moderna, ele nos faz pensar em tantas coisas, mesmo quando nos faz rir muito com as situações criadas a partir do frio e da chuva em contraponto ao calor infernal do dia a dia de uma cidade grande no nordeste do Brasil. Quem estava presente e dialogou com Kléber, pode sentir a preocupação no tratamento do tema, questões de urbanismo, convivência social com a cidade e diferenças sociais que se revelam no interior das casas. Mas também há um carinho que fica claro nos créditos, na dedicatória aos pais, que segundo ele, gostavam de ver a cidade banhada pela chuva. Eu gostei muito de ver as cenas com Lia de Itamaracá, cantando sua ciranda na praia, enquanto o céu se abria, mostrando que a música muda tudo no horizonte.
sábado, 15 de maio de 2010
Correndo em busca do tempo (perdido?)
Hoje participei como fotógrafa, do rally da Bahia, mas confesso, acho que foi meu primeiro e provavelmente último rally. Na correria, em busca de ter o melhor tempo, eu ia observando da janela, tudo passando tão rapidamente, e eu, fotógrafa frustrada, perdendo cada foto!
Descobri assim que este não é meu esporte.
Mas não poderia deixar de contar a experiência... então, antes que eu esqueça:
Ontem, já na reunião preparatória das equipes, descobrimos que precisávamos de um navegador, porque eu, sinceramente, tenho sempre que lembrar do braço que carrega o relógio, antes de indicar 'à esqueda', e isso, definitivamente, seria um problema para a Aless, se eu fosse a navegadora. Ontem mesmo fechamos com o Claúdio, e ele, todo empenhado, era o único concentrado antes da prova. Cláudio Benevides é engenheiro e números, cálculos e tabelas é com ele mesmo. Eu e Aless curtíamos o movimento das largadas e a preparação dos pilotos e dos navegadores, rodeados de equipamentos de aferição de tempo, localização e etc, etc, da categoria graduados e turismo.
Nós, dos iniciantes, sem tantas formalidades, formamos a equipe 74: 'curtição total'.
Junto aos 4X4, havia competidores em veículos menores, como o Marcelo Cova no seu corsinha possante. Ele, e seu navegador, o Ivan Gonzaga, estiveram sempre otimistas e sorridentes, pois tinham a possibilidade do terceiro lugar no mínimo, já que só haviam três competidores na categoria deles.
A Aless, como sempre, por ser mulher ao volante, recebeu muita atenção, foi entrevistada três vezes (só fotografei duas, porque na última, eu tb fui alvo das perguntas).
Eu desisti de fotografar coisas pelo caminho... ou não dava tempo focar, ou não conseguia abrir o vidro à tempo, ou o tempo todo eu sacolejava e nem via direito o que passava por mim... o tempo, definitivamente foi cruel para a fotografia, logo ele, amigo da luz, na arte de registrar imagens. Mas ainda salvei uns poucos 'retratos' do caminho rural Camaçari/Candeias.
O que consegui fotografar mesmo foram os peninos dos pilotos, tipo a 'chupeta' e o pneu rasgado do carro do Rodrigo e da Laís... que parou a galera na estrada, em solidariedade ao casal.
Nossa equipe, ao final da prova, junto ao carro mais limpo de todos ( o nosso), e Aless, querendo foto com os veículos marcados pela lama...
Agradeço ao Claudio, oficialmente, a paciência com estas duas mulheres, motoristas, aventureiras, mas acima de tudo, mulheres, que entre um tempo e outro, sempre atrasado, precisávamos parar para ir a um banheiro, tomar água, comer algo saudável, etc, etc...
Ah, e o Marcelo e o Ivan, lembram? com o troféu de primeiro lugar da categoria deles.
Descobri assim que este não é meu esporte.
Mas não poderia deixar de contar a experiência... então, antes que eu esqueça:
Ontem, já na reunião preparatória das equipes, descobrimos que precisávamos de um navegador, porque eu, sinceramente, tenho sempre que lembrar do braço que carrega o relógio, antes de indicar 'à esqueda', e isso, definitivamente, seria um problema para a Aless, se eu fosse a navegadora. Ontem mesmo fechamos com o Claúdio, e ele, todo empenhado, era o único concentrado antes da prova. Cláudio Benevides é engenheiro e números, cálculos e tabelas é com ele mesmo. Eu e Aless curtíamos o movimento das largadas e a preparação dos pilotos e dos navegadores, rodeados de equipamentos de aferição de tempo, localização e etc, etc, da categoria graduados e turismo.
Nós, dos iniciantes, sem tantas formalidades, formamos a equipe 74: 'curtição total'.
Junto aos 4X4, havia competidores em veículos menores, como o Marcelo Cova no seu corsinha possante. Ele, e seu navegador, o Ivan Gonzaga, estiveram sempre otimistas e sorridentes, pois tinham a possibilidade do terceiro lugar no mínimo, já que só haviam três competidores na categoria deles.
A Aless, como sempre, por ser mulher ao volante, recebeu muita atenção, foi entrevistada três vezes (só fotografei duas, porque na última, eu tb fui alvo das perguntas).
Eu desisti de fotografar coisas pelo caminho... ou não dava tempo focar, ou não conseguia abrir o vidro à tempo, ou o tempo todo eu sacolejava e nem via direito o que passava por mim... o tempo, definitivamente foi cruel para a fotografia, logo ele, amigo da luz, na arte de registrar imagens. Mas ainda salvei uns poucos 'retratos' do caminho rural Camaçari/Candeias.
O que consegui fotografar mesmo foram os peninos dos pilotos, tipo a 'chupeta' e o pneu rasgado do carro do Rodrigo e da Laís... que parou a galera na estrada, em solidariedade ao casal.
Nossa equipe, ao final da prova, junto ao carro mais limpo de todos ( o nosso), e Aless, querendo foto com os veículos marcados pela lama...
Agradeço ao Claudio, oficialmente, a paciência com estas duas mulheres, motoristas, aventureiras, mas acima de tudo, mulheres, que entre um tempo e outro, sempre atrasado, precisávamos parar para ir a um banheiro, tomar água, comer algo saudável, etc, etc...
Ah, e o Marcelo e o Ivan, lembram? com o troféu de primeiro lugar da categoria deles.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Quando o coração fica triste
Hoje soube que Damário está em coma. Dizem os médicos, irreversível.
Irreversível é minha tristeza.
Meu poeta da fotografia e fotógrafo da poesia está partindo. Nem deu tempo mostrar o site que Mai, eu e Cesar estamos produzindo para ele. Está assim, em construção, nascendo, enquanto meu amigo aguarda a passagem...
Eu, espírita e cada vez mais espiritualista, que acredita que tudo é transformação, ainda queria um pouco mais de permanência desse moço maravilhoso que é Damário. Por puro egoísmo. Adoro o Pouso e o pouso é Damário.
sábado, 8 de maio de 2010
Tá no papo, tá na gaita!
Eu não tinha idéia do quanto podia aprender sobre um instrumento, num simples programa despretencioso de sábado à tarde. Descobri muitas coisas sobre a 'harmônica', para nós baianos, a pequena gaita, que sempre adorei ouvir em solos de blues.
O Projeto Papo de Gaita, na Casa da Música, lá na Lagoa do Abaeté, Itapoã, me surpreendeu. O jovem Luiz Rocha, que conduz o papo, na verdade faz quase um mini-curso, contando a história do instrumento ao longo de mais de dois séculos, fala de diferentes gaitas, mostrando a diferença sonora entre elas e, pelo menos nesta segunda edição, apareceram tantos apaixonados que tocam, dando 'palhinhas', falando de suas histórias e relação com a gaita, como o Leo Castro, um senhor de 75 anos que tocava na noite dos anos 1950 em Salvador, ou um jovem fotógrafo que mostrou dezenas de fotos que fez ao longo dos anos que acompanha os encontros sonoros permeados pela gaita.
Gostei tanto que comprei uma pequena gaita para o meu Arthur.
O projeto vai ter diversas edições, e o Luiz toca na noite em Salvador. Para quem gosta de gaita, vale conferir a agenda do moço www.luizrochaharmonica.com ou www.papodegaita.com
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Um novo final
As vezes no dia a dia, não temos oportunidade de encarar o que sentimos, o que passamos.
Hoje a noite assisti o filme do Chico Xavier e voltei para casa pensando na minha vida, no quanto preciso me sentir feliz... o tempo tem passado e tenho estado cada vez mais triste.
Não é com meu trabalho, ele me faz feliz. Mas é com Cruz. Não tenho tido oportunidade de conviver com gente da minha área e sinto um vazio muito grande por não dialogar com colegas e acho que é por conta disso que não encontro nada que me inspire a fazer um doutorado.
'A gente não pode voltar e fazer um novo começo, mas pode recomeçar para fazer um novo final' (Emmanuel).
Foi a maior mensagem que o filme do Chico me trouxe.
Não sei se foi uma inspiração. Há dias peço luz à espiritualidade. Por isso vou registrar o que estou sentindo agora. E sinto que é uma decisão acertada. Eu vou deixar Cruz no meio do ano, vou passar um tempo em Salvador e vou frequentar a UFBA mais de perto, para tentar encontrar algum caminho para mim... FACED, FACOM...
Estou muito perdida e essa tristeza tem me deixado em muita depressão.
Estou adoecendo e sinto que minha cabeça tem comprometido meu corpo.
Adoro a Ascom. Ela foi meu grande projeto até agora. E ainda há tanto para fazer. Mas é uma assessoria que exige muito. Eu estou todo dia no trabalho, senão estou é porque estou em aula ou alguma atividade da ascom. Não me sobra tempo para escrever, pesquisar e até o PLUG! projeto que faço parte, está abandonado.
Eu preciso me apaixonar novamente pela pesquisa e encontrar o tema de estudo para os próximos quatro anos.
E que a espiritualidade me forneça as intuições necessárias para caminhos que preciso trilhar.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Off road - desafios das trilhas na Chapada
Que adrenalina vivi nesta páscoa! E nem estava dirigindo. Só fotografando e administrando o som do carro (minhas incursões musicais - exercícios para quem quer ser DJ). O carro? esse lindinho TR4 da Alessandra.
Logo no início da viagem, pegamos uma estrada onde o asfalto era uma leve lembrança (a BA que une Castro Alves à BR116)... comemos muita poeira, mas o perigo estava mesmo no cascalho e no que sobrou de uma pista asfaltada.
Saímos na 116 e logo pegamos a BR 242, em direção a Itaberaba, e de lá, seguindo até a entrada de Lençóis.
A Diamantina é como sempre imaginei: Montanhas para todos os lados. Senti saudades da Chapada dos Guimarães. Sempre me sinto muito pequenina e em contato com Deus nesses lugares mágicos, onde parece que as rochas saltam aos nossos olhos, nos mostrando a força da natureza ao longo dos milhões de anos da existência da terra.
Nosso grupo de Cruz das Almas se uniu a um grupo de Recife e iniciamos a Rota Chapada 2010.
O adesivo ficou lindo. Teve gente que não resistiu e parou só para fotografá-lo.
Aless _ a motorista valente, única mulher no volante de um grupo de 14 carros 4X4, surpreendeu a todos. Em momento algum a Aless fugiu do desafio.
Eu confesso que em alguns lugares, teria entregue o volante a um motorista mais experiente, mais por medo de bater o fundo do carro do que de um acidente, improvável nesses casos. Mas ela enfrentou tudo e ainda dizia: 'me achei, esse é o meu esporte'. Eu continuo nos radicais mais controlados, porém adorei estar como co-piloto e claro, fotografando a garra da motorista.
O que mais gostei das trilhas foi o despreendimento da galera que acompanha, em especial o Jorge, maridão da Ana Paula e paizão da Yasmim, do Jorginho e do Peu. Jorge não descansa enquanto não vê todo mundo superando as dificuldades da trilha, ele é o guia, o mestre, mostrando onde colocar cada pneu para vencer as pedras, buracos, areia, leito de rio, tudo o que se mostrar obstáculo. E o filho tá seguindo o exemplo.
Os homens são um clube do bolinha quando o assunto é carro. Isso ficou evidente quando o carro do Cacau demonstrou um pequeno problema
Já as esposas e namoradas, sempre torcendo para que seus pilotos/trilheiros dêem conta do recado, também registram tudo, afinal é quase subir parede, essa tal de off road. É estrada para ter cuidado até para quem vai a pé...
Quem fica no caminho, só ouve uma voz bem alta ( desentope a trilha, desentope a trilha...) o Alex não largava do megafone...
No meio do caminho, enquanto os homens fazem exercício de engenharia de trilhas para ver onde é melhor passar, uma parada para conhecer Raimunda e João Paulo, que assistem ao desfile de veículos potentes bem em frente de casa, de uma rede, no meio da tarde...
Mas nem tudo é complicação, tem sempre cervejinha gelada e visual privilegiado, pelo menos para esta dupla feminina (eu e Aless).
Sem contar os lugares lindos que nos esperam para premiar os aventureiros. Rios e cachoeiras que encantam e paisagens de tirar o fôlego.
O Rafael foi outro companheiro de aventura. Chamei o Rafa dois dias antes do evento, e ele só decidiu ir com menos de uma hora da saída...
Olha como ele aproveitou... perdão pela foto, eu acabei destruindo a luz com uma combinação abertura e velocidade maluca, mas dá para ver a animação do Rafa.
Acho que ele ter vindo foi realmente o pulo do gato! olha o visual nas pedras!!!!
Ah, no último dia o off road foi colocado de lado. Tem lugar que o carro não vai, é preciso seguir a pé. E nós buscamos a companhia de dois guias mirins, o Paulo Afonso, menino esperto, que sabe muito da mata, e o Tiago, com suas histórias mirabolantes.
Fomos apresentados a uma árvore, com uma essência muito gostosa e que tem uma cola poderosa. O Paulo Afonso chama de almíscar. Deve ter ouvido alguém dizer a palavra ao cheirar a planta... mas eu tô curiosa até agora... que plantinha era aquela?
Dentre tantos, mais um tesouro da Chapada.
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