sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um novo final

As vezes no dia a dia, não temos oportunidade de encarar o que sentimos, o que passamos. Hoje a noite assisti o filme do Chico Xavier e voltei para casa pensando na minha vida, no quanto preciso me sentir  feliz... o tempo tem passado e tenho estado cada vez mais triste. Não é com meu trabalho, ele me faz feliz. Mas é com Cruz. Não tenho tido oportunidade de conviver com gente da minha área e sinto um vazio muito grande por não dialogar com colegas e acho que é por conta disso que não encontro nada que me inspire a fazer um doutorado.
 'A gente não pode voltar e fazer um novo começo, mas pode recomeçar para fazer um novo final' (Emmanuel). 
Foi a maior mensagem que o filme do Chico me trouxe. Não sei se foi uma inspiração. Há dias peço luz à espiritualidade. Por isso vou registrar o que estou sentindo agora. E sinto que é uma decisão acertada. Eu vou deixar Cruz no meio do ano, vou passar um tempo em Salvador e vou frequentar a UFBA mais de perto, para tentar encontrar algum caminho para mim... FACED, FACOM... Estou muito perdida e essa tristeza tem me deixado em muita depressão. 
Estou adoecendo e sinto que minha cabeça tem comprometido meu corpo. Adoro a Ascom. Ela foi meu grande projeto até agora. E ainda há tanto para fazer. Mas é uma assessoria que exige muito. Eu estou todo dia no trabalho, senão estou é porque estou em aula ou alguma atividade da ascom. Não me sobra tempo para escrever, pesquisar e até o PLUG! projeto que faço parte, está abandonado. Eu preciso me apaixonar novamente pela pesquisa e encontrar o tema de estudo para os próximos quatro anos. E que a espiritualidade me forneça as intuições necessárias para caminhos que preciso trilhar.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Off road - desafios das trilhas na Chapada


Que adrenalina vivi nesta páscoa! E nem estava dirigindo. Só fotografando e administrando o som do carro (minhas incursões musicais - exercícios para quem quer ser DJ). O carro? esse lindinho TR4 da Alessandra.


Logo no início da viagem, pegamos uma estrada onde o asfalto era uma leve lembrança (a BA que une Castro Alves à BR116)... comemos muita poeira, mas o perigo estava mesmo no cascalho e no que sobrou de uma pista asfaltada.
Saímos na 116 e logo pegamos a BR 242, em direção a Itaberaba, e de lá, seguindo até a entrada de Lençóis.

A Diamantina é como sempre imaginei: Montanhas para todos os lados. Senti saudades da Chapada dos Guimarães. Sempre me sinto muito pequenina e em contato com Deus nesses lugares mágicos, onde parece que as rochas saltam aos nossos olhos, nos mostrando a força da natureza ao longo dos milhões de anos da existência da terra.
Nosso grupo de Cruz das Almas se uniu a um grupo de Recife e iniciamos a Rota Chapada 2010.

O adesivo ficou lindo. Teve gente que não resistiu e parou só para fotografá-lo.
Aless _ a motorista valente, única mulher no volante de um grupo de 14 carros 4X4, surpreendeu a todos. Em momento algum a Aless fugiu do desafio.

Eu confesso que em alguns lugares, teria entregue o volante a um motorista mais experiente, mais por medo de bater o fundo do carro do que de um acidente, improvável nesses casos. Mas ela enfrentou tudo e ainda dizia: 'me achei, esse é o meu esporte'. Eu continuo nos radicais mais controlados, porém adorei estar como co-piloto e claro, fotografando a garra da motorista.
O que mais gostei das trilhas foi o despreendimento da galera que acompanha, em especial o Jorge, maridão da Ana Paula e paizão da Yasmim, do Jorginho e do Peu. Jorge não descansa enquanto não vê todo mundo superando as dificuldades da trilha, ele é o guia, o mestre, mostrando onde colocar cada pneu para vencer as pedras, buracos, areia, leito de rio, tudo o que se mostrar obstáculo. E o filho tá seguindo o exemplo.

Os homens são um clube do bolinha quando o assunto é carro. Isso ficou evidente quando o carro do Cacau demonstrou um pequeno problema


Já as esposas e namoradas, sempre torcendo para que seus pilotos/trilheiros dêem conta do recado, também registram tudo, afinal é quase subir parede, essa tal de off road. É estrada para ter cuidado até para quem vai a pé...
Quem fica no caminho, só ouve uma voz bem alta ( desentope a trilha, desentope a trilha...) o Alex não largava do megafone...
No meio do caminho, enquanto os homens fazem exercício de engenharia de trilhas para ver onde é melhor passar, uma parada para conhecer Raimunda e João Paulo, que assistem ao desfile de veículos potentes bem em frente de casa, de uma rede, no meio da tarde...


Mas nem tudo é complicação, tem sempre cervejinha gelada e visual privilegiado, pelo menos para esta dupla feminina (eu e Aless).

Sem contar os lugares lindos que nos esperam para premiar os aventureiros. Rios e cachoeiras que encantam e paisagens de tirar o fôlego.
O Rafael foi outro companheiro de aventura. Chamei o Rafa dois dias antes do evento, e ele só decidiu ir com menos de uma hora da saída...

Olha como ele aproveitou... perdão pela foto, eu acabei destruindo a luz com uma combinação abertura e velocidade maluca, mas dá para ver a animação do Rafa.
Acho que ele ter vindo foi realmente o pulo do gato! olha o visual nas pedras!!!!
Ah, no último dia o off road foi colocado de lado. Tem lugar que o carro não vai, é preciso seguir a pé. E nós buscamos a companhia de dois guias mirins, o Paulo Afonso, menino esperto, que sabe muito da mata, e o Tiago, com suas histórias mirabolantes.


Fomos apresentados a uma árvore, com uma essência muito gostosa e que tem uma cola poderosa. O Paulo Afonso chama de almíscar. Deve ter ouvido alguém dizer a palavra ao cheirar a planta... mas eu tô curiosa até agora... que plantinha era aquela?
Dentre tantos, mais um tesouro da Chapada.