sexta-feira, 31 de julho de 2009

Meu corpo não me obedece...

Eu hoje acordei com muita dor de cabeça. Tenho vivido com dores de cabeça que não me largam. Mas hoje acordei bombando. Fui aferir a pressão e levei um susto: acordei com 15 por 10! imagine acordar desse jeito.
Das duas uma, ou meu espírito anda fazendo maratona durante o sono ou realmente eu estou hipertensa com picos noturnos...
Bom, tenho que tomar vergonha na minha cara e encarar de frente que os anos estão passando e que meu corpo está a sofrer alterações.
A cabeça muda e é muito gratificante perceber que a maturidade nos torna mais eficientes para dar conta dos problemas, gerenciarmos emoções, calcularmos os riscos antecipados de empreitadas enormes, comemorarmos os ganhos com a experiência. Mas o corpo também muda e não queremos admitir que é exatamente o oposto.
A cada dia percebo que sou mais dependente dos óculos. Minha coluna queima sempre a partir das 18hs. E agora essa dor de cabeça infernal que não me larga.
E ainda tem as doenças psicológicas da chegada da maturidade! tipo: síndrome do 'estou-envelhecendo-e-isso-não-me-cabe-mais...'
É uma síndrome que acomete mulheres depois dos 30, e aí nos vemos obrigadas a mudar o estilo das nossas roupas, deixar de frequentar lugares muitos jovens e 'ficar' com gente jovem, com medo de ser ridícula. Aliás, as mulheres que hoje tem 35, 40, 45, não sabem nem dizer que ficaram... se acham velhas para ficar.
Ou ainda a síndrome do 'vou ficar quieta, que passa'. Essa é uma doença psicossomática por conta das alterações do corpo. Então a mente começa a agir de forma a neutralizar os efeitos da idade sobre o corpo e acha que deve-se mudar o ritmo para que o corpo não sinta tanto. Eu vivo isso. Trabalho feito uma condenada de segunda a sexta. Aí na sexta, parecendo até que guardo o sétimo dia, feito os judeus, não quero fazer nada até 17hs de sábado. É como se minha energia tivesse descarregada... e talvez tenha sido mesmo. Sabe essas doenças que passam a fazer parte da gente????

terça-feira, 28 de julho de 2009

A diferença entre nascer e morrer

Lembrei dos nove meses que antecederam a chegada do meu filho.
Os primeiros enjôos e uma sensação de corpo em alteração, já a demonstrar que a minha vida mudaria. Uma preparação para a nova vida que chegaria.
Foram nove meses de expectativas, algumas inseguranças, outras certezas, ... tive tempo para rever meus conceitos, mudar meus hábitos, inclusive ficar sem  beber refrigerante por toda a gravidez e pelos dois anos e meio em que eu amamentei. 
Tornar-me mãe, como algo a se aprender a ser, com a chegada de um bebê.
Um bebê que significava a renovação da minha vida, na continuidade de meu nome, de meu sangue.
E quando ele chegou eu estava madura. Foi uma transição natural.

Fiquei pensando na morte sob o aspecto da espera e da preparação. Imaginei se as pessoas fossem avisadas nove meses antes, se o nosso corpo se alterasse ao ponto da morte chegar como um descanso, após um período preparatório. Como tudo seria diferente.
Teríamos tempo de amadurecer a ideia e deixarmos a mente envolvida de tal forma, nesses preparativos, para uma passagem tão tranquila quanto é a chegada de uma vida.

domingo, 26 de julho de 2009

Minha geração está morrendo

Um dia, ao entrevistar minha avó, que tem 93 anos, perguntei o que era mais complicado no processo de envelhecimento. Ela me respondeu que era ver seus filhos, seus irmãos, seus amigos morrerem... ver o outro, seu contemporâneo, que você estima a convivência, ir para um lugar desconhecido, ou apenas desaparecer, conforme a crença, é realmente muito complicado.
Hoje perdi um amigo. Uma pessoa que só me traz boas recordações. Calma, tranquila, que estava sempre com um sorriso. Não era da minha convivência diária, mas nas vezes em que nós nos encontramos, nesses quase nove anos em que o conheço, era sempre uma pessoa muito agradável.
E como eu conhecia a sua vida familiar, sabia de alguns de seus projetos, de seus sonhos. E só consigo pensar no quanto ele era jovem para morrer.
A minha "ficha caiu" quando percebi que é um contemporâneo meu, indo embora. É alguém de minha idade que tem seus dias terrenos interrompidos.
Ontem eu estava tão mórbida, a morte rondava os meus pensamentos, não a minha morte, mas a morte, a perda. Talvez intuitivamente eu estivesse sendo avisada dessa perda. Recém casado, deixou uma esposa jovem e cheia de sonhos. 

Com a net até o pescoço

Estou prevendo um futuro com LER (Lesão por esforço repetitivo)... , o ortopedista detectou o início, por conta de dores que queimam os músculos da escápula e formigamento nos dedos. Tá certo, eu fico horas no computador, boa parte delas, conectada até a alma.
Imagine uma criatura que responde mais de 30 mails institucionais por dia, a home institucional sou eu quem alimenta com o conteúdo das reportagens que faço, também faço os releases da ascom da UFRB, tenho três endereços eletrônicos oficiais, onde recebo mensagens ligadas ao meu trabalho. Atualmente temos praticamente reuniões via mails!!! 
Ah, alimento a página do projeto LINK recôncavo (www.ufrb.edu.br/linkreconcavo), supervisiono a página da Galeria www.ufrb.edu.br/galeriareconcavo, faço um trabalho social de gerenciar e alimentar a página de um Centro Espírita que frequento, tenho três blogs (que tento alimentar quando dá!), um site oficial... que andou meio esquecido com tudo isso, ah, um email pessoal, que graças aos céus, não é esquecido pelos amigos.
Tá, ainda tem os scraps do orkut, e arrumar os álbuns, porque afinal, os amigos que estão longe, merecem fotos novas de vez em quando !!!!

É, enquanto isso, braço, dedos, escápula, todos reclamam. Eu já tenho uma postura péssima, imagine então sentada em frente ao PC...
Mas não sei mais como ter vida inteligente longe disso tudo. Agora estou me integrando ao ambiente virtual de aprendizagem da UFRB, o moodle. Minhas disciplinas serão monitoradas por lá... e se vacilar, vou entrar no second life, para ter uma vida dupla na net (rs)... aí, sim, ficarei com a net até o pescoço.

sábado, 25 de julho de 2009

No Databases da vida

Finalmente consegui ter tempo pra postar um vídeo na net, dos mais de onze anos em que fui repórter de TV, guardei muito pouco.




Agora postei um vídeo do tempo em que eu pensava que seria repórter para o resto da vida (eu achava que ia morrer cedo).
Hoje talvez ainda seja cedo, mas já superei a fase repórter. E antes de morrer (estou mórbida!), já posso mostrar como eu até dava conta do recado!
Mas de nada me serviu ter sido repórter, ter editado boa parte de minhas matérias que saíram melhores (provando que eu era boa editora), ter sido produtora e até a breve passagem pela apresentação de telejornais (fui apresentadora durante os nove meses de gravidez...), pois eu não sirvo para ser professora de Telejornal na Universidade que sou concursada. E pasmem, passei na disciplina de comunicação audiovisual, com ênfase para foto e vídeo!!!!

Bom, mas aí já é assunto para outra postagem.