quarta-feira, 30 de maio de 2012

O preferido!

Toda vez que eu digo que vamos encontrá-lo, Arthur grita: Oba! Acho que meu filhote pensa logo nos abraços, no chamego, no jeito como ele nos acolhe, no sorriso sempre presente, em uma energia carinhosa que Marcelão tem. É o tio preferido, tenho certeza.
Já em mim, o primeiro pensamento é que posso falar de tudo, de todos os segredos, dos 'assuntos' que mulheres não conversam com homens, pois com ele eu converso. E isso faz bem ao meu espírito sem gênero. Esse é um irmão carnal que acho, no espiritual, deve ter sido sempre meu parceiro de birita.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Curva sinuosa, carreira plena...

Desde muito cedo ele era artista. Nas notas do violão, guitarra, teclado, nos desenhos, nas pinceladas... eu tenho em casa quadro que ele pintou pra mim, que me acompanha há anos. Tenho uma carta que me enviou, quando eu morava em Cuiabá, que é um verdadeiro poema. Era o irmão mais quieto, o mais calado, o mais introspectivo. Minha mãe o achava triste, eu o achava desencantado. Foi pai muito cedo, se viu cheio de responsabilidades ainda menino. Trabalhava muito, pouco se dedicava a estudar por falta de tempo, de energia e eu tinha receio que não se formasse. Depois tomou gosto das letras, e terminou a faculdade, engrenou mestrado, escreveu livro. É esse aí...
Escreve com uma textura que nos faz viajar pelas páginas. Os contos tem vida, são rápidos, alguns são surpreendentes. Estou orgulhosa dele. Irmão que amo muito, companheiro de histórias de uma vida inteira, como ele colocou na dedicatória.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O QQ é isso!

Foram mais de 15 anos de casamento, mas me separei em maio de 2012, dos carros da Chevrolet. Fui feliz, muito feliz, não nego. Com o pretinho (corsa básico) eu cruzei de Mato Grosso do Sul à Bahia.
Ele me levava de Juazeiro a Itabuna, rodando meio mundo de sertão sozinha. Eu, o corsinha e Deus, e eles nunca me deixaram na mão. Quando vendi, com seis anos, foi Marcelão (meu brother) quem comprou, porque ainda estava tão conservado! Depois fui pro cinzinha (eu só batizo carro pela cor!), grávida de filhote. Eu precisava ter mais conforto, lugar pra carregar coisas e menino moleque.
Era o meu primeiro 'popular completo'. Foi uma delícia, tanto que só saí dele para o azulão, lindo, cor que chamava a atenção quando mudei para Cruz das Almas. Era econômico, um carro que só me deu prazer. Esse rodou de Itabuna a Cruz por diversas vezes. Também nunca fiquei no meio do caminho...
Aliás, 'estradeira' como sou, é exatamente isso que me faz trocar de carro. Com alguns anos, tudo passa a exigir muita manutenção para quem faz uma média de 500 km por semana. Não fosse isso e ficava com um carro uma vida toda, porque acho que essa fidelidade capricorniana está até para objetos utilitários. Por fim, o meu delicioso bronze. Um sedam, maravilhoso de dirigir, mas 'novela' para achar vaga em Salvador. Carrão, cabia de um tudo no porta-malas...
É, sou fã do corsa. De verdade. E faço a maior propaganda. Mas como quero economizar mesmo e a avaliação do meu velhinho ficou super abaixo do esperado, eu abandonei a marca. Em maio de 2012 me tornei a proprietária de um QQ (Chery). Fiquei com ele por nove meses. O tempo de uma gestação. No início fiquei impressionada com o pequeno notável, pelo número de acessórios que estavam incluídos no básico. Além de ar, freio abs, direção hidraúlica, travas e vidros elétricos, o chinesinho tinha duplo air bag, farol de milha, som com usb e cartão de memória, retrovisores elétricos e eu ainda fui ousada, pois coloquei as rodas de liga leve e ele ficou com jeitinho mais esportivo, película e pra proteger, coloquei a placa embaixo, para evitar porrada. Paguei pouco mais de R$28 mil, já com documentação. Na hora achei que estava levando vantagem. Um carro com todos esses acessórios, de qualquer outra marca, ficaria por 32 mil. O chinês, com cara de carrinho de brinquedo, tem seu lado prático, eu estacionava facinho em qualquer vaga, principalmente naquelas que os camaradas barbeiros saem comendo a vaga dos outros e inviabiliza pros carros normais. Achei que ele é econômico nas estradas, mas o trânsito de Salvador é sempre caótico e sempre ficava presa nos engarrafamentos, de modos que na cidade, o marcador de gasolina continuou descendo vertiginosamente. Tudo funcionou direitinho no primeiro mês, exceto o ar condicionado que na primeira viagem, ligado há duas horas, parou de funcionar sabe Deus porque, e ficou saindo um vapor... A suspensão é estranha comparada ao corsa, pois antes eu passava nos intermináveis quebra-molas de Cachoeira e Cruz das Almas, sem precisar parar o carro, apenas reduzia e na segunda eu ia. Pois com o QQ eu preciso parar praticamente, pois senão o baque é seco e me sinto caindo na maior cratera. Por duas vezes ele bateu e a placa de proteção foi amassada a ponto de deixar um ruído tão estranho. Corri para o mecânico, que me disse que aquela placa de nada adiantava. Depois percebi que não era apenas a placa do carter que era frágil. Dois episódios me deixaram com medo do chinês. Fui ultrapassar em estrada e quase voei para fora da estrada, sem estabilidade alguma e em outra ocasião, cruzando com uma carreta, que vinha no sentido oposto, fui jogada pela corrente de ar que se forma nesses casos, para fora da estrada, tal instabilidade. Eu estava a pouco mais de 100km por hora. O jeito foi vender o QQ. Eu enfrento estrada toda semana!!!! Não posso me expor em um carrinho tão inseguro. Fosse só para andar na cidade e continuava com ele. Então enfrentei mais uma novela... As concessionárias me ofereciam 13, 14, 15 mil... o QQ novinho, com 10 mil Km rodados. Acabei vendendo quase cinco meses depois, por 16 mil. Super desvalorizado, baita prejuízo. QQ é isso...