O Você na REDE ganhou outros caminhos. E novas ênfases.
Ontem fomos à Santo Antonio de Jesus apresentar o seminário no Colégio Status.
Na platéia meninos e meninas de 9 a 16 anos. Confesso que tivemos que alterar muita coisa em função de pessoinhas tão novinhas, mas valeu a pena, acho que o trabalho educativo foi maior.
Pensando em contribuir com a nova lei de combate ao bullying, falamos muito sobre as reações violentas nas redes, os desrespeitos, nudes, selfies, relacionamentos líquidos, o fato de tratarem a mulher como objeto e que isso gera violência quando uma imagem de intimidade vaza, e claro, demos mil dicas de como se proteger no facebook, usar corretamente o instagram, usar what´s app de forma colaborativa, principalmente em casos de emergência, além das potencialidades do snap chat.
Fomos à convite da Janúbia Oliveira, diretora, super simpática. Ela e a coordenadora Flaviana nos deixaram super à vontade, e nos receberam com tudo organizado e bonito. O Reginaldo fez divulgação na rádio Andaiá FM e penso que isso foi legal, porque até a Secretaria Municipal de Educação e um representante da Secretaria Estadual, estiveram no evento.
Faixa na frente do Colégio, um cesto para receber as doações (um quilo de alimento não perecível), que os alunos da casa e os professores convidados das redes pública e particular levaram para participar do evento e a gente viu um evento gerar várias ações.
Foi muito legal! Ao final, ganhei flores (que adoro!) mas confesso que fiquei sem graça, pois não fiz mais que minha obrigação, ao levar os resultados de uma disciplina tão rica, quanto Teoria da Imagem, para fora dos muros da Universidade.
Depois a Janúbia nos entregou o resultado do seminário: Mais de 60 Kg de alimentos, que doamos para o Asilo de Idosos de Cachoeira ontem mesmo.
Vi que os estudantes-palestrantes ficaram super orgulhosos do seu trabalho, gerando cidadania e educação.
Penso que todos os cursos universitários precisam dar retorno social. Mesmo pequena como a nossa ação, ela gera novas ações. Não dá nem para dimensionar as mudanças que podem causar. Se cada menino e menina conseguiu aprender algo sobre respeito, uso consciente das mídias, isso já vai fazer grande diferença. E podem ser multiplicadores. A transformação só se dará assim, em pílulas, todo mundo fazendo um pouco e na soma, serão grandes mudanças nas novas gerações.
Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
quinta-feira, 31 de março de 2016
quinta-feira, 17 de março de 2016
Dos sonhos, da Democracia
Eu acreditei. Tanto, tanto. Meu primeiro voto. Paralamas cantou e eu acreditei, era preciso mudar o Congresso.
Eu o entrevistei quatro vezes, e ele ainda não era presidente, era um homem com discurso forte, contra corrupção, pela democracia, pelo direito de expressão de todos.
Tenho foto. Tenho autógrafo.
Tive tanto orgulho desse país quando ele venceu o medo. E comemorei muito uma nova fase na Educação, quando vi a Bahia ganhar novas universidades federais, depois de um reinado de 60 anos de uma única UFBA, exclusiva, para elite que podia estudar só durante o dia. Fui ser UFRB com tanta paixão. Trabalhei dobrado em nome do sonho.
Depois achei estranho os escândalos e a fala 'não sei e não vi', daquele que eu achava que era honesto acima de tudo. Vi abraçado a homens que eu tinha nojo, dialogando com Sarnei, Collor, e cia. ilimitada. Não o vi fazer as reformas necessárias. Vi aumento de impostos. Vi meu salário diminuindo. Vi a educação continuar sendo relegada de verdade, sem mudanças de base. Vi projetos importantes engavetados. Vi a criminalidade crescendo, vi um Congresso, onde ele tinha maioria, ignorar leis que precisavam ser criadas, aprovadas. Vi a opinião pública dar a ele quase 80% de aprovação e nem assim ele cortou o que havia de errado. Vi os escândalos continuarem e ele continuar no discurso, 'não vi, não sei'...
Vi gente séria acusá-lo e chegou uma hora, também no meu estado, na Bahia, em que vi o PT agir errado. As universidades estaduais nunca foram tão mal geridas como no governo petista da Bahia. Então botei meu rabo entre as pernas e joguei a toalha. O sonho acabou.
Não votei para prefeito do PT em 2012.
E em 2014, votei Marina, depois, no segundo turno, eu anulei meu voto, sob um olhar estarrecido do meu filho. Abri mão de escolher.
Mas nada disso me preocupava. Não dava para acreditar em nenhum deles, dos que se candidatavam a me representar.
Senhora Dilma e senhor Aécio não me representam. Nem antes, nem agora.
PT, PMDB ou PSDB, não me representam, então, não me resta outra coisa, senão aguardar os rumos.
Mas fico preocupada em ver um país tão apaixonadamente dividido.
Como se a racionalidade, bem maior em uma situação como esta, deixasse de existir, em nome dos EGOS inflados de cidadãos que se acham donos da verdade.
E mais, acreditam em uma imprensa manipuladora. Que quer mudanças aos trancos e barrancos. Em favor de uma troca de situação benéfica para quem?
A saída de Dilma vai mudar os rumos das investigações? aqueles que roubaram sempre e muito, e antes, vão ser investigados também?
O PT herdou uma maneira nefasta de governar e de se manter, fez crescer o que já existia de errado.
Eu quero punição para todos. Não apenas para Dilma e Lula, mas para cada um dos representantes do executivo e do legislativo que não apenas roubou para seus partidos mas também enriqueceu com dinheiro de empresas que querem se manter nos negócios e negociatas.
E se é possível um juiz agir fora da justiça, que o faça para todos, não apenas para um lado da balança. Há muitos escândalos engavetados. Passem à limpo esse Brasil. A hora é agora. A opinião pública quer a lavagem de roupa suja às claras, toda, completa. Mesmo que nos custe a dignidade enquanto cidadão de um planeta em regeneração, onde já há alguns países caminhando sem essa doença cruel que é a corrupção. Fica visível nosso estado pouco evoluído, mas e daí? a hora é de dar exemplo aos mais novos.
Temos coragem para mudar, mas mudar de verdade. Novas leis, punibilidade mais séria, justiça e democracia integral para todos.
Eu o entrevistei quatro vezes, e ele ainda não era presidente, era um homem com discurso forte, contra corrupção, pela democracia, pelo direito de expressão de todos.
Tenho foto. Tenho autógrafo.
Tive tanto orgulho desse país quando ele venceu o medo. E comemorei muito uma nova fase na Educação, quando vi a Bahia ganhar novas universidades federais, depois de um reinado de 60 anos de uma única UFBA, exclusiva, para elite que podia estudar só durante o dia. Fui ser UFRB com tanta paixão. Trabalhei dobrado em nome do sonho.
Depois achei estranho os escândalos e a fala 'não sei e não vi', daquele que eu achava que era honesto acima de tudo. Vi abraçado a homens que eu tinha nojo, dialogando com Sarnei, Collor, e cia. ilimitada. Não o vi fazer as reformas necessárias. Vi aumento de impostos. Vi meu salário diminuindo. Vi a educação continuar sendo relegada de verdade, sem mudanças de base. Vi projetos importantes engavetados. Vi a criminalidade crescendo, vi um Congresso, onde ele tinha maioria, ignorar leis que precisavam ser criadas, aprovadas. Vi a opinião pública dar a ele quase 80% de aprovação e nem assim ele cortou o que havia de errado. Vi os escândalos continuarem e ele continuar no discurso, 'não vi, não sei'...
Vi gente séria acusá-lo e chegou uma hora, também no meu estado, na Bahia, em que vi o PT agir errado. As universidades estaduais nunca foram tão mal geridas como no governo petista da Bahia. Então botei meu rabo entre as pernas e joguei a toalha. O sonho acabou.
Não votei para prefeito do PT em 2012.
E em 2014, votei Marina, depois, no segundo turno, eu anulei meu voto, sob um olhar estarrecido do meu filho. Abri mão de escolher.
Mas nada disso me preocupava. Não dava para acreditar em nenhum deles, dos que se candidatavam a me representar.
Senhora Dilma e senhor Aécio não me representam. Nem antes, nem agora.
PT, PMDB ou PSDB, não me representam, então, não me resta outra coisa, senão aguardar os rumos.
Mas fico preocupada em ver um país tão apaixonadamente dividido.
Como se a racionalidade, bem maior em uma situação como esta, deixasse de existir, em nome dos EGOS inflados de cidadãos que se acham donos da verdade.
E mais, acreditam em uma imprensa manipuladora. Que quer mudanças aos trancos e barrancos. Em favor de uma troca de situação benéfica para quem?
A saída de Dilma vai mudar os rumos das investigações? aqueles que roubaram sempre e muito, e antes, vão ser investigados também?
O PT herdou uma maneira nefasta de governar e de se manter, fez crescer o que já existia de errado.
Eu quero punição para todos. Não apenas para Dilma e Lula, mas para cada um dos representantes do executivo e do legislativo que não apenas roubou para seus partidos mas também enriqueceu com dinheiro de empresas que querem se manter nos negócios e negociatas.
E se é possível um juiz agir fora da justiça, que o faça para todos, não apenas para um lado da balança. Há muitos escândalos engavetados. Passem à limpo esse Brasil. A hora é agora. A opinião pública quer a lavagem de roupa suja às claras, toda, completa. Mesmo que nos custe a dignidade enquanto cidadão de um planeta em regeneração, onde já há alguns países caminhando sem essa doença cruel que é a corrupção. Fica visível nosso estado pouco evoluído, mas e daí? a hora é de dar exemplo aos mais novos.
Temos coragem para mudar, mas mudar de verdade. Novas leis, punibilidade mais séria, justiça e democracia integral para todos.
sábado, 12 de março de 2016
Entre o 11 e o 13
Nira, minha avó paterna, nasceu dia 11 de Março. Arthur, meu filho, nasceu dia 13. Sempre fico a pensar na importância desses dois seres em minha vida. E no miolo que me preenche, da massa que fui feita e que me alimentou, como ser humano.
Muito embora tenha mãe e avó materna guerreiras, maravilhosas e cheias de lições de vida, eu sempre estive a refletir sobre minha avó paterna, ao observar como ela viveu e de que forma isso me impactou. Minha avó teve grandes perdas _dois filhos se suicidaram, aparentemente por motivos fáceis de resolver, um filho jovem médico, que morreu de AVC dentro do consultório, uma outra filha (de criação) de aneurisma, e meu pai, com cirrose. Ela enterrou a todos com tristeza e resignação. Nunca vi minha avó revoltada. Vi algumas vezes, falar que Deus havia esquecido dela, pois para ela, viver perdas era ruim e filho não deveria morrer primeiro que os pais. Mas ela me ensinou, com sua postura resignada, a compreender que a vida é feita também de morte. Vamos ver morrer quem amamos e vamos morrer e deixar quem amamos ao longo do caminho. Ao meu filho, tenho tentando fazê-lo entender a naturalidade desse percurso, ele que acabou de perder um primo irmão, amado e fica de vez em quando, se questionando sobre a presença da morte em vida.
Nunca vi minha avó ociosa, estava sempre entre linhas e panelas, bordando ou cozinhando, coisas deliciosas ou lindas. E sempre para os outros. Era uma mulher de doação.
Com ela observei o valor do trabalho, de estar sempre ativo, de buscar aprender sempre. Nira comemorou aos 89 nos o fato de aprender uma técnica nova de entrelace e até morrer, aos 96, fez muitas toalhas com pontos variados e cada vez mais difíceis. Só eu tenho pelo menos umas seis lindas toalhas que ela me deu, com essas franjas trabalhosas e bonitas.
Eu penso que herdei muito de Nira.
Nunca fico parada. Estou sempre acumulando serviço, dizendo sim a coisas que ocupam tempo, que dão trabalho. E aprendendo coisas novas.
E Arthur segue pelo mesmo caminho. Faz judô, xadrez, teatro, inglês, espanhol... é estudioso, participa dos escoteiros. Não se nega a nada, muito companheiro e participativo.
E assim vamos densificando e cristalizando nossa morfopensene. Nossa forma de lidar com pensamento, sentimento e energia, pautada em uma realidade construtiva diante da vida, que muito me alegra. Não quero deixar grandes heranças materiais.
Mas esta sim, que herdei e estou vendo que Arthur herdou, esta sim, me deixa satisfeita.
Muito embora tenha mãe e avó materna guerreiras, maravilhosas e cheias de lições de vida, eu sempre estive a refletir sobre minha avó paterna, ao observar como ela viveu e de que forma isso me impactou. Minha avó teve grandes perdas _dois filhos se suicidaram, aparentemente por motivos fáceis de resolver, um filho jovem médico, que morreu de AVC dentro do consultório, uma outra filha (de criação) de aneurisma, e meu pai, com cirrose. Ela enterrou a todos com tristeza e resignação. Nunca vi minha avó revoltada. Vi algumas vezes, falar que Deus havia esquecido dela, pois para ela, viver perdas era ruim e filho não deveria morrer primeiro que os pais. Mas ela me ensinou, com sua postura resignada, a compreender que a vida é feita também de morte. Vamos ver morrer quem amamos e vamos morrer e deixar quem amamos ao longo do caminho. Ao meu filho, tenho tentando fazê-lo entender a naturalidade desse percurso, ele que acabou de perder um primo irmão, amado e fica de vez em quando, se questionando sobre a presença da morte em vida.
Nunca vi minha avó ociosa, estava sempre entre linhas e panelas, bordando ou cozinhando, coisas deliciosas ou lindas. E sempre para os outros. Era uma mulher de doação.
Com ela observei o valor do trabalho, de estar sempre ativo, de buscar aprender sempre. Nira comemorou aos 89 nos o fato de aprender uma técnica nova de entrelace e até morrer, aos 96, fez muitas toalhas com pontos variados e cada vez mais difíceis. Só eu tenho pelo menos umas seis lindas toalhas que ela me deu, com essas franjas trabalhosas e bonitas.
Eu penso que herdei muito de Nira.
Nunca fico parada. Estou sempre acumulando serviço, dizendo sim a coisas que ocupam tempo, que dão trabalho. E aprendendo coisas novas.
E Arthur segue pelo mesmo caminho. Faz judô, xadrez, teatro, inglês, espanhol... é estudioso, participa dos escoteiros. Não se nega a nada, muito companheiro e participativo.
E assim vamos densificando e cristalizando nossa morfopensene. Nossa forma de lidar com pensamento, sentimento e energia, pautada em uma realidade construtiva diante da vida, que muito me alegra. Não quero deixar grandes heranças materiais.
Mas esta sim, que herdei e estou vendo que Arthur herdou, esta sim, me deixa satisfeita.
terça-feira, 8 de março de 2016
Retrocognições
Lembranças
Um homem anda rápido. Uma moça o segue. Usam roupas dos anos vinte. O homem olha para a moça, atrás dele, e só pensa em protegê-la. Sente ansiedade. Não sei do que fogem mas sei que fogem. Eu sinto o que ele sente. Eu penso que eu sou ele. Ela está de saia, usa um chapéu pequeno. Ele está de terno. Eu sinto a ansiedade dele, é tudo muito intenso, muito forte. O corpo dele recebe um impacto pelas costas e cai. Eu sinto o corpo dele caindo. Não há dor física. Mas há um sentimento de dor. Ele pensa na moça, pensa que não vai ter como protegê-la mais. Tudo vai ficando escuro, ele vai deixando de ver em volta e eu também. Eu sinto a angústia dele. Eu acordei com a angústia dele em meu peito.
Um homem anda devagar dentro de uma casa, com uma criança no colo. As paredes são grossas e rústicas. As roupas dele são de judeus da época de Cristo. Mas ele não usa a cabeça coberta. Vejo seus cabelos e a criança brinca querendo pegar os cachos do cabelo dele. Ele tem muito amor pela criança. Eu sinto o amor dele. Sinto que é seu filho. Ele passa por uma porta. Não há móveis, há muito espaço vazio no ambiente. Depois vejo apenas a criança no ar, como se flutuasse, saindo pela porta e sinto tristeza, a tristeza dele de ver apenas a criança. Eu sei que ele morreu e a criança ficou sem pai. Acordei.
Estou em uma casa de pedras. Mas não me vejo. É como se eu enxergasse de cima. Como se eu visse a cena de cima. Vejo meninos e meninas, loirinhos e bem clarinhos. Estão todos envolvidos em fazer coisas na casa simples, como mexer com panelas e vejo lá fora ovelhas, plantações, alguns correm em volta do campo. Eu sei que sou um deles mas não consigo saber se sou um dos meninos ou uma das meninas. Mas vejo um corredor lateral entre a casa de pedra e um pequeno muro de pedra. Estou nesse lugar. E ouço vozes, gritos, sinto medo. Pelos gritos sei que tem alguém estranho e está fazendo maldades com meus irmãos. Fico escondido atrás de uma pilha de madeiras e sinto tristeza. Sei que uma irmã foi morta. Acordei.
Eu vejo, de cima, eu menina, com uma saia longa preta de florzinhas vermelhas e folhinhas verdes, brinco no chão com uma menina de três anos. Tenho sete. Estou com mãos e joelhos no chão, como um cachorrinho, de quatro. Vejo o homem na porta. Eu, de cima o vejo, mas eu menina não o vejo. Amenina está envolvida em brincar. Eu, consciência da cena, observo tudo. Ele olha para meu corpo e vejo nele um olhar de maldade. Analiso com minha mente atual aquele olhar. Eu menina não o percebo. Acordei.
Um homem anda rápido. Uma moça o segue. Usam roupas dos anos vinte. O homem olha para a moça, atrás dele, e só pensa em protegê-la. Sente ansiedade. Não sei do que fogem mas sei que fogem. Eu sinto o que ele sente. Eu penso que eu sou ele. Ela está de saia, usa um chapéu pequeno. Ele está de terno. Eu sinto a ansiedade dele, é tudo muito intenso, muito forte. O corpo dele recebe um impacto pelas costas e cai. Eu sinto o corpo dele caindo. Não há dor física. Mas há um sentimento de dor. Ele pensa na moça, pensa que não vai ter como protegê-la mais. Tudo vai ficando escuro, ele vai deixando de ver em volta e eu também. Eu sinto a angústia dele. Eu acordei com a angústia dele em meu peito.
Um homem anda devagar dentro de uma casa, com uma criança no colo. As paredes são grossas e rústicas. As roupas dele são de judeus da época de Cristo. Mas ele não usa a cabeça coberta. Vejo seus cabelos e a criança brinca querendo pegar os cachos do cabelo dele. Ele tem muito amor pela criança. Eu sinto o amor dele. Sinto que é seu filho. Ele passa por uma porta. Não há móveis, há muito espaço vazio no ambiente. Depois vejo apenas a criança no ar, como se flutuasse, saindo pela porta e sinto tristeza, a tristeza dele de ver apenas a criança. Eu sei que ele morreu e a criança ficou sem pai. Acordei.
Estou em uma casa de pedras. Mas não me vejo. É como se eu enxergasse de cima. Como se eu visse a cena de cima. Vejo meninos e meninas, loirinhos e bem clarinhos. Estão todos envolvidos em fazer coisas na casa simples, como mexer com panelas e vejo lá fora ovelhas, plantações, alguns correm em volta do campo. Eu sei que sou um deles mas não consigo saber se sou um dos meninos ou uma das meninas. Mas vejo um corredor lateral entre a casa de pedra e um pequeno muro de pedra. Estou nesse lugar. E ouço vozes, gritos, sinto medo. Pelos gritos sei que tem alguém estranho e está fazendo maldades com meus irmãos. Fico escondido atrás de uma pilha de madeiras e sinto tristeza. Sei que uma irmã foi morta. Acordei.
Eu vejo, de cima, eu menina, com uma saia longa preta de florzinhas vermelhas e folhinhas verdes, brinco no chão com uma menina de três anos. Tenho sete. Estou com mãos e joelhos no chão, como um cachorrinho, de quatro. Vejo o homem na porta. Eu, de cima o vejo, mas eu menina não o vejo. Amenina está envolvida em brincar. Eu, consciência da cena, observo tudo. Ele olha para meu corpo e vejo nele um olhar de maldade. Analiso com minha mente atual aquele olhar. Eu menina não o percebo. Acordei.
A man walks fast. A girl follows him. They wear twenties clothes. The man looks at the girl behind him and only thinks of protecting her. He feels anxiety. I don't know what they're running away from, but I know they are. I feel what he feels. I think I am him. She's in a skirt, wearing a small hat. He's wearing a suit. I feel his anxiety, it's all very intense, very strong. His body gets an impact from behind and falls off. I feel his body falling. There is no physical pain. But there's a feeling of pain. He thinks of the girl, he thinks he can't protect her anymore. Everything is getting dark, he stops seeing around and so am I. I feel his anguish. I woke up with his anguish in my chest.
A man walks slowly inside a house, with a child in his lap. The walls are thick and rustic. His clothes are Jewish ,from the time of Christ. But he doesn't wear a covered head. I see his hair and the child plays trying to pick up the curls from his hair. He has a lot of love for the child. I feel his love. I feel it is his son. He walks through a door. There is no furniture, there is a lot of empty space in the room. Then I see only the child in the air, as if it were floating out the door and I feel sadness, his sadness of seeing only the child. I know that he died and the child lost its father. I woke up.
I am in a house of stones. But I don't see myself. It's as if I can see from above. As if I could see the scene from above. I see boys and girls, blond and very light. They are all involved in doing things in the simple house, like messing with pots and I see sheep outside, plantations, some run around the field. I know I'm one of them but I can't tell if I'm one of the boys or one of the girls. But I see a side corridor between the stone house and a small stone wall. I'm in this place. And I hear voices, screams, I feel fear. By screaming I know that there is someone strange and he is doing evil things to my brothers. I hide behind a pile of woods and feel sad. I know that a sister has been killed. I woke up.
I see from above a girl in a long black skirt of little red flowers and green leaves, and I play on the floor with a three-year-old girl. I have seven. I have hands and knees on the floor, like a puppy of four. I see the man at the door. I see him from above, but I don't see him. Amenina is involved in playing. I, consciousness of the scene, observe everything. He looks at my body and I see in him a look of evil. I analyze with my current mind that look. I girl do not perceive it. I woke up.
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