segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O sujeito, a verdade, a ciência, o saber...

Ao longo da vida vamos compreendendo que nem tudo que acreditamos é do conhecimento sistematizado, demonstrável e aceito pela ciência e por muitos amigos e conhecidos  que nos rodeiam, que se acham racionais. Então aprendemos a guardar essas crenças que temos para não entramos em atrito, porque muitas vezes o que acreditamos, a ciência não explica nem comprova e nós também não conseguimos explicar como, ainda assim, continuamos acreditando.
Agora, ao cursar uma disciplina na UNEB do PPGEduc, com prof. Arnaud, e ler textos dele ou indicados por ele para compreender esse sujeito científico que acabamos nos tornando para sermos aceitos entre nossos pares, também sujeitos científicos, eu estou assumindo as minhas crenças como o saber que a ciência não dá conta e que outros sujeitos não vão compreender.
Porque eu não sou o sujeito, eu sou um sujeito. E meu saber não é o saber, tampouco quero ser apenas científica, porque sou um todo e sem minhas crenças, sem meu saber, não me constituo.
Então eu preciso falar de vez em quando desses meus saberes.

Eu acredito que este meu corpo físico vai morrer mas o que eu detenho de conhecimentos, empíricos ou não, aprendidos em livros, ou em vivências e experiências, permanecerão. Por isso acho que viajar tem sido algo muito importante e ler, algo constante. Além de assistir filmes, documentários, ouvir músicas diferentes, conversar com pessoas diversas, tudo isso que amplia meu saber, tem sido prioridade.

Meu saber também me indica que os sentimentos que tenho pelas pessoas não vão morrer, assim como não morreu os sentimentos que eu tenho por aquelas que já se foram. Amo muito o meu pai, a minha avó, alguns amigos que já se foram, como Lia Ramalho. Eles estão tão vivos para mim.

Ainda estão com suas essências em alguma dimensão porque eu os sinto tão presentes. Sinto quando sonho com eles e quando penso neles e minha mente e meu corpo reage a algo inexplicável, que se traduz em um bem estar e em intuições. Adoro ver fotos de quem eu amo e já se foi. Eu fico lembrando de momentos mágicos que vivi com essas pessoas e de alguma maneira, em meu desejo mais interno, eu quero muito que essas essências fiquem sempre bem. Então é como uma oração, onde eu mentalizo sentimentos de amor para eles e eu me sinto em sintonia com eles. Negar isso é negar que eu detenho algum saber sobre isso. Explicar não me cabe, demonstrar não é possível  e estou aprendendo a assumir que tudo isso faz parte de mim.

Já com relação aos vivos, que interagem comigo, eu tenho procurado estar cercada de quem me faz bem. Sempre que alguém que se aproxima de mim me causa algum sentimento complicado, que não sei explicar, mas me faz sentir corpo estranho, as vezes mole, lerdo, pesado, com uma sensação de doença, eu não tenho como entender mas eu apenas sei que não devo estar perto dessa pessoa. Então eu aprendi que meu corpo reage a energias assim. Eu me afasto.
Procuro encontrar pouco esta pessoa e procuro ter uma relação humana de respeito porém respeitando primeiramente o meu limite. Deve haver algo do campo da ciência da física que ainda não se identificou que repele pessoas com energias distintas (não que essa pessoa seja ruim ou má, ou qualquer coisa).
Como não detenho esse conhecimento, eu não o domino para mudar isso (e deve haver uma forma de mudar essas sensações). Mas como detenho esse saber que se instala em mim e acaba por manifestar uma reação que me atinge, eu tenho que acreditar para não achar que sou maluca.

Assim como tem gente que mal conheci e já me sinto próxima, sinto prazer ao falar e quero estar por perto, me permito abraçar (eu que não curto abraçar qualquer pessoa).

E assim eu vou vivendo. Aprendendo a respeitar meu saber e sabendo que ele me constitui e respeitá-lo me faz uma pessoa de inteligência emocional melhor.

Um comentário:

Gisley Scott disse...

Assim como você tb acredito que a ciência não pode explicar tudo pois nem tudo pode ser testado em laboratório.Ás vezes é necessário acreditar nessas reações que os nossos corpos nos dão como sinais de coisas boas ou ruins. Hoje em dia eu observo muito as pessoas antes de chamá-las ou considerá-las amigas. Se for para estar perto, que faça bem porque para fazer mal, a fila já está longa, não é mesmo?

Bjos e gostei da sua reflexão!

Gisley Scott -Blog Querido Deus obg por me exportar