Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
sábado, 7 de janeiro de 2012
Roupa de Morrer
A vovó costurou a roupa de morrer, ainda aos 60 anos (lembro que hoje ela tem 96). Era uma tradição. Ela costurou a dela e a de muita gente, que trazia o tecido. Duas peças: branca pra usar por baixo e por cima, azul ou preta.
A dela já foi lavada algumas vezes, porque adoecia, pensava que ia, preparava a roupa e dias depois ela voltava a ser guardada por anos. A última vez foi no lance da UTI, em outubro de 2011. Deuza, a secretária do dia, disse-me que lavou e levou o modelito pra Salvador, à pedido de vovó.
Ri muito quando vi a peça rara: Roupa de Morrer de Rir. Fotografei...
Camisão azul, anágua, a camisola (branca) o véu azul e o cordão para marcar a cintura.
Eu já disse aqui hoje que quero algo mais bonito no meu funeral. Nada de mortalha.
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