Vi a imagem do menino Kiki, retirado dos escombros após uma semana do terremoto do Haiti. Os braços abertos do pequeno diante da vida que se renova, das novas chances, de sair da morte anunciada, quase predestinada a quem permanece tanto tempo enterrado. Para os que estavam em volta, os braços também pareciam agradecer: 'Vejam, sou a vida, motivo do esforço contínuo das equipes de resgates'. Também não ficou despercebido a mensagem e o aprendizado, que ato puro de abrir-se novamente ao mundo, para o que vier, como fortaleza interior daqueles que não se fecham porque enfrentaram um problema (e que problemão: imagine ficar sete dias embaixo da terra sem saber se ia ser resgatado?).
Eu, em minha jornada da águia, que não se permite parar por conta de coisas pequenas, ganhei mais um reforço: A idéia de que a fé nos fortalece e que somos predestinados à felicidade.
Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
sábado, 23 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
As horas não programadas de pura satisfação
Ontem meu dia terminou de uma maneira que eu nunca imaginaria. No início da tarde de sábado vi um mail de uma amiga querida dizendo que estava na Bahia. Respondi com meu número de celular e no meio da tarde de domingo ela me ligou. Horas depois estávamos juntas. Há quase doze anos não via Patie. Estudamos juntas em Campo Grande, MS, tínhamos a fotografia por paixão e muitas conversas maravilhosas sobre vida, amores e sonhos. Eu abandonei um semestre de jornalismo para vir à Bahia fazer mais um semestre de Direito e acabamos em turmas diferentes. Ela formou seis meses antes de mim e foi embora. A internet foi nosso elo nestes doze anos. Patie morou na Índia, em Singapura, na Suiça e retornou ao Brasil quando eu já voltara à Bahia. Tivemos filhos, mudamos nossos corpos e cabeças. E ontem conheci sua obra mais linda, um jovem rapaz de três anos, o Luca.
Caminhamos nas ruas do Pelourinho, jantamos juntas. E fui dormir tão feliz, porque atualmente, me enche o coração de sentimentos de satisfação, resgatar os bons momentos com pessoas queridas. E 2010 quero que seja assim... uma coleção de dias sem muitos planos, de horas que se estendem porque são horas boas. Tenho descoberto um amor enorme pelas minhas amigas.
Caminhamos nas ruas do Pelourinho, jantamos juntas. E fui dormir tão feliz, porque atualmente, me enche o coração de sentimentos de satisfação, resgatar os bons momentos com pessoas queridas. E 2010 quero que seja assim... uma coleção de dias sem muitos planos, de horas que se estendem porque são horas boas. Tenho descoberto um amor enorme pelas minhas amigas.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Inferno Astral
Lá vem meu aniversário. E essa de ter que falar idade, de ter que mostrar maturidade, de ter que aceitar o tempo esvaindo...
entrei no inferno astral do período.
entrei no inferno astral do período.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
As muitas lições e intuições
Há alguns anos decidi frequentar Centros Espíritas, ler o evangelho e estudar mais. Acredito que é um dos caminhos para evolução. E tenho sentido essa presença da espiritualidade com muita força.
Há alguns meses vou a um ritual, o Kumbaya, que acontece sempre no primeiro domingo do mês, em um Centro respeitado. Neste dia há um passe mediúnico, uma palestra e uma benção, onde o coordenador da casa convida todos os trabalhadores, encarnados e desencarnados, além dos presentes, para um momento de confraternização pela música e oração, o Kumbaya. É um momento rico, de grande energia. Sempre choro. Sinto os cabelos da parte central da minha cabeça arrepiando. É mágico, único. Meu corpo é tomado por um sentimento de amor enorme, só comparado com a primeira vez que vi Arthur. Um amor pela humanidade, algo que não consigo explicar, como se eu não me pertencesse, não me controlasse, e me toma a alma de esperança e aumenta a minha consciência de que sou tão pequena.
Sempre sinto Áquila, meu pai, perto de mim quando estou lá. Já são mais de seis meses indo ao Kumbaya e sempre é a mesma coisa. É como se ele tivesse reservado esse momento para me dizer que está por perto, que não se descuida de mim.
E todas as vezes, todas, recebo lições e tenho intuições maravilhosas. Elas vem em pensamentos completos, fortes, cheios de revelações sobre como preciso melhorar, e sobre coisas que me rodeiam.
No primeiro, que fui com uma tia, ela, havia anos, não ia àquele Centro. Eu, como residira fora da Bahia por anos e depois que retornara, nunca tinha morado em Salvador, havia ido ao Centro poucas vezes. Mas via as apresentações de seu coordenador na TV. Comentávamos que alguns Centros Espíritas eram mais sérios, não tinham música, nem piadas e minha tia disse que gostava mais desses centros sérios. Havia um certo preconceito em sua voz.
Eu, que sempre gostei de apresentações dramáticas, gostava de ver um pregador do evangelho que é criativo e usa humor, mas sempre achei que o coordenador exagerava nas piadas.
Já no primeiro momento da palestra, após uma piada onde todos riram muito, ele começou a contar como o cristianismo se afirmou frente às religiões pagãs, sempre tão alegres, tão livres, tão cheias de festa, música e alegria. Foi com a sua seriedade, a sua sobriedade e as suas proibições, que o cristianismo e o catolicismo, principalmente, se fez respeitar. Mas que em momento algum foi Deus quem nos tirou a musicalidade, a alegria, o humor, nos momentos de nos dirigirmos a ele.
Religare é antes de tudo estar mais próximo e por meio de todos os nossos sentidos, com Deus. Puxa, foi um soco na boca do estômago. Para mim e para minha tia.
Foi a lição perfeita, para quem julgava que a alegria não pode estar vinculada aos templos. Sai de lá tão feliz que resolvi voltar em todos os primeiros domingos do mês.
Na segunda vez, ao ouvir a canção 'amigos para sempre', senti a música como mensagem de meu velho pai. E a palestra foi sobre a presença dos espíritos em nossas vidas.
Na terceira, cheia de tristeza na alma, pois tinha perdido um amigo querido em acidente bobo, causado por outra pessoa, me angustiava saber se todo mundo morre na hora certa. O coordenador abriu a palestra dizendo que estava recebendo uma caravana de Juazeiro, de mães que haviam perdido filhos em acidentes. Elas o haviam questionado sobre como filhos queridos e cheios de sonhos poderiam morrer tão jovens? E ele disse que ninguém vem aqui com planejamento de ser morto pelas mãos de outro e que ninguém planeja evoluir (sentido da reencarnação), tirando a vida de alguém. Logo, mortes causadas por outras pessoas, na maioria das vezes, são mortes precipitadas. Saí de lá consciente que meu amigo havia morrido cedo. E precisava de muita oração. Por intuição e por causa de um sonho, pedi a família dele que lhe dedicasse missas e cultos, fossem quais fossem suas religiões.
Numa outra ida, quando estava com uma amiga e aluna precisando de conselhos sobre seu TCC na faculdade, intui um projeto interessante. E que beneficiaria um outro amigo, que está doente. Algo que pretendemos trabalhar juntas e que vai fazer bem a ele, que está precisando de incentivo para lutar pela vida.
Em outra vez, feliz por estar com a vida organizada e com tudo à contento, perguntei porque tenho tanta dificuldade de cultivar um relacionamento afetivo.
E intui que preciso evoluir.
A minha alma gêmea aguarda para se aproximar, mas eu, muito intolerante, preciso melhorar essa intolerância aos defeitos alheios e melhorar-me para que possa aceitá-la.
Se ela, minha alma gêmea, aparece agora, não vou dar conta de conviver com ela.
Enfim... lições, aprendizados, intuições.
É uma longa caminhada. E em 2010, rogo aos superiores que continuem me intuindo, me levando aos lugares certos para que eu escute aquilo que meu velho espírito precisa ouvir.
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