quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um monstro chamado mentira

Terminei um relacionamento bom, e quem pergunta eu conto porque, e as pessoas avaliam que foi por muito pouco. Por muito pouco... já eu fico avaliando o que as pessoas consideram pouco.Foi por uma 'pequena' grande mentira.
Eu imaginava que era algo na vida de alguém, porque todas as pistas levavam a crer que eu era especial. Mas tudo não passava de um grande equívoco. Daqueles que só se explicam quando paramos para analisar cada questão.
E Arthur, quando viu minha vida solitária outra vez perguntou porque terminamos. E respondi: porque ele omitiu e mentiu.
E aproveitando a oportunidade para me deixar conhecer mais pelo meu filho, eu disse: 'não gosto de mentiras e não quero conviver com quem mente pra mim'. Os olhinhos do meu menino se encheram de lágrimas. Ele me olhou cheio de culpa e disse: 'mamãe, eu já menti pra você. Você não quer conviver comigo?'
E respondi na lata: 'filho, é diferente. Aceito que você minta pra mim por pouco tempo, mas que não demore a me contar a verdade, seja ela qual for. Eu sou sua amiga e seja lá o que for que você mentiu, eu vou te perdoar se a gente conversar e se entender. Nada se sustenta com mentira'.
E ele: 'foi uma mentirinha leve'.
Nós nos abraçamos. E acho que selamos um acordo.
E depois fiquei pensando sobre meu relacionamento baseado numa omissão e numa mentira. Quando alguém omite algo, cria um universo falso. Deixamos de ter informações que nos subsidiam na hora de tomar decisões.
E quando mente, mascara uma situação, além disso subestima nossa inteligência. E não tem nada pior.
Estou sofrendo a perda da companhia. Da pessoa que já era muito querida, porque havia conquistado meu coração e já esquentava minha alma. Mas por outro lado não perdi um companheiro. Porque companheiro de verdade divide tudo, até as coisas mais complicadas, como se expor e admitir que errou.
Mas sinto o afastamento. Natural, já que estávamos juntos há algum tempo e não desgrudávamos nas horas de lazer.
Sinto falta de compartilhar coisas do meu dia a dia, sinto falta de ter em quem pensar. E fiquei com minha crença, nas pessoas, bastante abalada. Mas aprendi mais uma: Se uma relação termina porque não fomos tratados como merecíamos, é melhor esquecer!, nem amigo dá pra ser. Um amigo não destrataria outro amigo.

2 comentários:

Bel disse...

Não, não, nunca deixe de crer nas pessoas, apesar de uma (ou várias) ter(em) lhe enganado. Como diz a propaganda da Coca cola, que eu amei, "os bons ainda são maioria"!!!

Adorei essa parte: "não perdi um companheiro. Porque companheiro de verdade divide tudo, até as coisas mais complicadas".

Bjoooo

.Intense. disse...

Achei seu blog justamente pelas recomendações da Bel, comentarista aqui de cima. Passando pelo terceiro término do mesmo relacionamento (sempre muito cheio de amor, paixão, grude e, em igual proporção, dor e decepção), tudo que fala no tema me atrai...acho que vontade de ver que existe mesmo o recomeço, o amar de novo, que existirão outros amores, outras paixões...sendo assim parei aqui. E li um monte no seu blog. Foi um abraço pro meu coração partido, hoje, o modo bonito como vc fala disso.

Obrigada.
Bjo intenso.
=*