Iniciei meu namoro com o PT quando tinha idade para votar. Eu queria dar o meu primeiro voto para fazer o Brasil mudar. E eu me lembro do orgulho que senti quando fizemos Lula Presidente em 2002, grávida de Arthur, feliz por possibilitar ao meu filho ver um país diferente. E ainda mais em 2006, quando elegemos Jacques Wagner, eu recém concursada da UFRB e com a sensação de liberdade, por perceber a Bahia mais madura, se opondo aos desmandos e comandos do grupo seguidor de ACM.
Agora vejo que os últimos quatro anos foram de retrocesso nas universidades estaduais. E fico mais triste ainda de ver um professor universitário, atual secretário de educação, distorcendo os fatos na TV. Vi o vídeo do movimento grevista docente e soube do corte de salários. O PT podando o movimento, como se ele não fosse fruto dos trabalhadores.
Perdi o amor pelo PT da Bahia.
Estou orfã.
Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
domingo, 29 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Perdemos aqui para ganharmos lá...
'Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória quando bem sucedido e nem desesperado quando sentir o insucesso. Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior'.
Esta frase veio num daqueles mails de oração que recebemos aos trocentos... mas me chamou a atenção. Há cinco anos eu perdia no concurso da UESC. E doeu tanto. Doeu porque já ensinava na UESC há quatro anos como professora substituta. Tinha colegas com tal afinidade que ultrapassava as portas da instituição, e formávamos um belo grupo de amigos (que o são até hoje: Betânia, Rodrigão, Rita Virgínia, Maluzinha, Nane, Antonio Figueiredo)... Doeu também porque eu lecionava as disciplinas que me encantavam: oficina de comunicação audiovisual, roteiro e linguagem do vídeo e da TV. E os trabalhos dos estudantes me provavam que estava no caminho certo.
Doeu ainda porque minha autoestima acadêmica não tinha sido abalada. Havia feito três vestibulares na vida (dois em universidades estaduais - de Direito e Letras, e um em universidade federal - Jornalismo) e havia passado nos três. Também havia feito concurso na Prefeitura de Itabuna e duas seleções públicas, na UESC, além da seleção do mestrado e passado em tudo. Então foi um 'baque' perder... me senti incapaz. E com 6.7!!!! (quando a média é 7.0.). E o pior, só tinha eu de candidata. Eu perdi para mim.
Não se passou um mês do concurso e vi uma reportagem de uma nova universidade federal na Bahia: concurso!!! Três meses depois, fiz o concurso, onze inscritos, seis candidatos fizeram toda a seleção, alguns doutorandos, gente formada na USP, gente que estudou na UFBA, a instituição responsável pelo concurso para a UFRB. Não tinha um único conhecido no processo seletivo e passei em primeiro lugar. E fui muito bem acolhida pelo Reitor, que nem me conhecia mas viu meu currículo e me colocou assessora de comunicação, para montar e coordenar a ascom de toda a universidade. E depois a oportunidade de ver uma universidade nascendo, de participar de tanta coisa legal, de desafios...
Foi então que a minha derrota na UESC ganhou outro significado. Porque agora compreendo o quanto estar na UFRB e desenvolver o que faço em sala de aula e nos projetos que participo é enriquecedor. Na UESC teria continuado naquela vidinha maravilhosa, mas sem grandes oportunidades ou desafios. Mas nos últimos quatro anos ficou um vazio... me faltava um grupo como o que tinha na UESC. Não sei se terei igual. Mas sinto que o universo me fez mais forte com estas mudanças todas.
Esta frase veio num daqueles mails de oração que recebemos aos trocentos... mas me chamou a atenção. Há cinco anos eu perdia no concurso da UESC. E doeu tanto. Doeu porque já ensinava na UESC há quatro anos como professora substituta. Tinha colegas com tal afinidade que ultrapassava as portas da instituição, e formávamos um belo grupo de amigos (que o são até hoje: Betânia, Rodrigão, Rita Virgínia, Maluzinha, Nane, Antonio Figueiredo)... Doeu também porque eu lecionava as disciplinas que me encantavam: oficina de comunicação audiovisual, roteiro e linguagem do vídeo e da TV. E os trabalhos dos estudantes me provavam que estava no caminho certo.
Doeu ainda porque minha autoestima acadêmica não tinha sido abalada. Havia feito três vestibulares na vida (dois em universidades estaduais - de Direito e Letras, e um em universidade federal - Jornalismo) e havia passado nos três. Também havia feito concurso na Prefeitura de Itabuna e duas seleções públicas, na UESC, além da seleção do mestrado e passado em tudo. Então foi um 'baque' perder... me senti incapaz. E com 6.7!!!! (quando a média é 7.0.). E o pior, só tinha eu de candidata. Eu perdi para mim.
Não se passou um mês do concurso e vi uma reportagem de uma nova universidade federal na Bahia: concurso!!! Três meses depois, fiz o concurso, onze inscritos, seis candidatos fizeram toda a seleção, alguns doutorandos, gente formada na USP, gente que estudou na UFBA, a instituição responsável pelo concurso para a UFRB. Não tinha um único conhecido no processo seletivo e passei em primeiro lugar. E fui muito bem acolhida pelo Reitor, que nem me conhecia mas viu meu currículo e me colocou assessora de comunicação, para montar e coordenar a ascom de toda a universidade. E depois a oportunidade de ver uma universidade nascendo, de participar de tanta coisa legal, de desafios...
Foi então que a minha derrota na UESC ganhou outro significado. Porque agora compreendo o quanto estar na UFRB e desenvolver o que faço em sala de aula e nos projetos que participo é enriquecedor. Na UESC teria continuado naquela vidinha maravilhosa, mas sem grandes oportunidades ou desafios. Mas nos últimos quatro anos ficou um vazio... me faltava um grupo como o que tinha na UESC. Não sei se terei igual. Mas sinto que o universo me fez mais forte com estas mudanças todas.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Inventário de emoções
Estou finalmente fazendo uma terapia... já tinha, quando do desencarne de meu estimado pai, feito duas sessões do estilo mais tradicional, sentada em frente a um terapeuta, falando, falando, falando e achando tudo um saco.
Agora, quatro anos depois, nova tentativa, mas desta vez, é em psicodrama, em uma metodologia muito mais interessante.
Somos um grupo. Vivenciamos experiências no grupo, a partir de experiências individuais e relatos dessas experiências. Trabalhamos com teatro, encenações, diálogos fictícios ou não, criados a partir das necessidades detectadas pelo terapeuta.
Como seres sociais, trazemos uma carga de procedimentos cristalizados e emoções reprimidas que nos fazem muitas vezes infelizes dentro do próprio cárcere que criamos para o que verdadeiramente somos.
Nosso ser humano se perde no ser social que estamos.
Estamos, porque a todo momento, sempre que há necessidade, colocamos máscaras para dar conta do que a vida social nos exige.
Sou a mulher sensual com o meu namorado.
A professora centrada com os meus alunos.
A mãe que dá limites ao meu filhote mas o trata com o maior amor do mundo.
A motorista cuidadosa e medrosa no trânsito caótico de Salvador e a motorista tranquila e voyer da paisagem no Recôncavo...
percebem? sou muitas.
Sou o ser social que o momento exige.
mas e o ser humano? onde ele entra nesta história?
Nas últimas sessões/aulas, nosso terapeuta trabalhou o inventário de emoções, a partir do que eu sinto quando eu tomo consciência do meu momento.
Nesses momentos de ser social, há um ser que é emoção.
Então eu devo me perguntar: 'como eu me sinto?', por exemplo, quando tenho que enfrentar situações complicadas, com pessoas complicadas.
Eu me pergunto 'como me sinto'? E quando dá, eu coloco "na mesa" esse meu sentimento.
Então, com calma e verdade, falo do meu sentimento, das emoções que me tomam. Sem acusar, sem molestar, apenas deixando claro o que me vai no coração. Não é uma questão de achismos, é sentimento.
Quem pode contestar o que eu sinto? E de forma prática, um exemplo do dia a dia: quando estou no trânsito caótico, no meio do engarrafamento, com medo do flanelinha que me olha como se eu tivesse culpa por estar ao volante...
Eu me sinto incomodada, sinto que pago o preço de ter um país desigual, sinto que fico com a adrenalina lá em cima em estado de alerta, sinto que meus olhos não param, como se pela visão eu pudesse prever a reação dos outros motoristas nervosos que tentam me cortar, avançar ou até passar por cima de mim.
E é essa emoção que me faz mal. Não queria estar ali.
Depois desse inventário, o terapeuta nos pediu que analisássemos o que podemos fazer para buscar o bem estar. Há como mudar a situação? há como melhorá-la? se não há, como posso mudar essa emoção que me faz mal? como buscar meu bem estar?
E é nesse trabalho de construção de emoções que estou... o trânsito desta capital mal planejada ainda é meu maior desafio.
E estou vencendo-o de modo lúdico depois do inventário: estou fazendo uma campanha com amigos para que me enviem músicas que gostam e que eu nunca ouvi, e fico ouvindo quando estou nos engarrafamentos, tornando assim o momento ruim em momento bom.
Muito rock and roll, muito dance music e lá vou eu cantarolando e rindo, a tentar driblar as emoções complicadas que consomem o meu ser/estar humano.
Agora, quatro anos depois, nova tentativa, mas desta vez, é em psicodrama, em uma metodologia muito mais interessante.
Somos um grupo. Vivenciamos experiências no grupo, a partir de experiências individuais e relatos dessas experiências. Trabalhamos com teatro, encenações, diálogos fictícios ou não, criados a partir das necessidades detectadas pelo terapeuta.
Como seres sociais, trazemos uma carga de procedimentos cristalizados e emoções reprimidas que nos fazem muitas vezes infelizes dentro do próprio cárcere que criamos para o que verdadeiramente somos.
Nosso ser humano se perde no ser social que estamos.
Estamos, porque a todo momento, sempre que há necessidade, colocamos máscaras para dar conta do que a vida social nos exige.
Sou a mulher sensual com o meu namorado.
A professora centrada com os meus alunos.
A mãe que dá limites ao meu filhote mas o trata com o maior amor do mundo.
A motorista cuidadosa e medrosa no trânsito caótico de Salvador e a motorista tranquila e voyer da paisagem no Recôncavo...
percebem? sou muitas.
Sou o ser social que o momento exige.
mas e o ser humano? onde ele entra nesta história?
Nas últimas sessões/aulas, nosso terapeuta trabalhou o inventário de emoções, a partir do que eu sinto quando eu tomo consciência do meu momento.
Nesses momentos de ser social, há um ser que é emoção.
Então eu devo me perguntar: 'como eu me sinto?', por exemplo, quando tenho que enfrentar situações complicadas, com pessoas complicadas.
Eu me pergunto 'como me sinto'? E quando dá, eu coloco "na mesa" esse meu sentimento.
Então, com calma e verdade, falo do meu sentimento, das emoções que me tomam. Sem acusar, sem molestar, apenas deixando claro o que me vai no coração. Não é uma questão de achismos, é sentimento.
Quem pode contestar o que eu sinto? E de forma prática, um exemplo do dia a dia: quando estou no trânsito caótico, no meio do engarrafamento, com medo do flanelinha que me olha como se eu tivesse culpa por estar ao volante...
Eu me sinto incomodada, sinto que pago o preço de ter um país desigual, sinto que fico com a adrenalina lá em cima em estado de alerta, sinto que meus olhos não param, como se pela visão eu pudesse prever a reação dos outros motoristas nervosos que tentam me cortar, avançar ou até passar por cima de mim.
E é essa emoção que me faz mal. Não queria estar ali.
Depois desse inventário, o terapeuta nos pediu que analisássemos o que podemos fazer para buscar o bem estar. Há como mudar a situação? há como melhorá-la? se não há, como posso mudar essa emoção que me faz mal? como buscar meu bem estar?
E é nesse trabalho de construção de emoções que estou... o trânsito desta capital mal planejada ainda é meu maior desafio.
E estou vencendo-o de modo lúdico depois do inventário: estou fazendo uma campanha com amigos para que me enviem músicas que gostam e que eu nunca ouvi, e fico ouvindo quando estou nos engarrafamentos, tornando assim o momento ruim em momento bom.
Muito rock and roll, muito dance music e lá vou eu cantarolando e rindo, a tentar driblar as emoções complicadas que consomem o meu ser/estar humano.
sábado, 14 de maio de 2011
A história e a memória...
O livro dos 5 anos da UFRB deu um super trabalho para desenvolver, pois fui responsável pela produção de 90% das fotos, muitas em ambientes fechados e sem equipamento de iluminação, tendo que improvisar, além disso, coordenei a equipe, revisei 90% dos textos, acompanhei as entrevistas, enfim... foi um parto. Mas hoje vejo que foi muito legal participar do projeto. Além do trabalho primoroso da designer da ascom Renata Machado e da pesquisa apurada e dos belos textos de Aquilino Paiva e do Reitor Paulo Gabriel, ainda foi um prazer ver Cristiano Gouveia, pai de Arthur, participando da obra com suas fotos aéreas de Cruz e da UFRB. Também foi legal ver as fotos de Jomar e Diego, os quais tive o prazer de ter em sala de aula por algum tempo, em fotojornalismo.
Hoje vejo o livro nas mãos de ministros, de gente de outros países que visitam a UFRB e sei que é um belo cartão postal da universidade.
Hoje vejo o livro nas mãos de ministros, de gente de outros países que visitam a UFRB e sei que é um belo cartão postal da universidade.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O 'quase' virou pai
Quando engravidei de Arthur, em 2002, morava em Itabuna e Cris em Juazeiro. Nós nos víamos a cada 15 dias, ou até mais demorado que isso. E enjoada, cheia de 'emoções' e sensações da gravidez, não demorou para que Sodake, que era meu colega de trabalho e teve que cobrir minhas faltas e quebrar meus 'galhos', na época, fosse considerado pelos nossos amigos em comum, o 'quase' pai... aproveito para agradecer a 'mãozinha' e o apoio moral que recebi dele naquele momento.
Arthur nasceu e a brincadeira do 'quase' pai só trouxe mais carinho a esta relação de amizade.
Fiz o papel de cupido, quando Sodake a July, separadamente, me contavam sobre a dificuldade de encontrar um amor de verdade. Acho que minha intuição já me dizia que essa relação ia render bons frutos. Fui madrinha do enlace em 2007.
Em 2010, a boa notícia, July estava grávida. Acompanhei de longe, mas com muita expectativa, a chegada de Guilherme. Hoje Guilherme está entre nós, para reafirmar o amor desse casal que adoro. Seja bem vindo Guilherme! Sodake virou pai.
Obs: um ano depois, olha eu aí com Gui no aniversário dele!!! junto com a mama linda July, e as tias.
Arthur nasceu e a brincadeira do 'quase' pai só trouxe mais carinho a esta relação de amizade.
Fiz o papel de cupido, quando Sodake a July, separadamente, me contavam sobre a dificuldade de encontrar um amor de verdade. Acho que minha intuição já me dizia que essa relação ia render bons frutos. Fui madrinha do enlace em 2007.
Em 2010, a boa notícia, July estava grávida. Acompanhei de longe, mas com muita expectativa, a chegada de Guilherme. Hoje Guilherme está entre nós, para reafirmar o amor desse casal que adoro. Seja bem vindo Guilherme! Sodake virou pai.
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