quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quando uma amiga é como uma irmã...


Não tenho irmãs. Não sei dizer por quanto tempo quis ter uma... Mas sei que a vida me presenteou uma amiga muito especial: SelMística. Conheci Selma no GETEAFI, o Teatro da Ação Fraternal de Itabuna.



Eu tinha menos de 13 anos. Fizemos oito anos de teatro juntas e foi afinidade desde o início. A partir dos meus 17 anos a amizade ficou mais intensa. Estávamos fazendo o primeiro semestre de faculdade no mesmo turno e nos encontrávamos na universidade.  UESC e GETEAFI nos unia.



Naquela época eu dormia muito na casa de Selma, saíamos juntas para as festinhas. A mãe de Selma, D. Filhinha, ótima costureira, cansou de fazer um modelo para ela e aproveitava e já fazia igual para mim. Gostávamos de nos vestir na vanguarda, meio 'alternativo chique'.

O convite de Marilene Melo, teatróloga, fomos trabalhar juntas na AFI, aos 17 anos nós lecionavá-mos aula de arte-educação. Então era GETEAFI, UESC, AFI e mais um monte de afinidades...

Quando mudei para Cuiabá eram cartas e mais cartas. Em Campo Grande, de vez em quando, um telefonema. Fiz o book de Selma grávida, fotos lindas. E fui a 'Texascity' quando Selma teve sua filha linda, a Clara.

Anos depois, quando voltei para Itabuna, Selma tinha voltado a morar lá e me apresentou as 'Amigas em Ação', um grupo de 20 mulheres, bonitas, bem resolvidas, algumas casadas e outras solteiras, mas que faziam questão de um encontro mensal, para aproveitarem a companhia uma das outras.
Era um grupo mágico. Fez meu retorno à Itabuna ser mais leve, mais lúdico.
Selma curtiu a chegada de Arthur e sempre foi uma fã do meu trabalho como fotógrafa e repórter.
Depois, novamente separadas por conta de trabalho, família, nos falamos pelo orkut, pelo email, pelo TIM infinity!!!
E é sempre a mesma coisa, parece que estamos sempre por perto. Contamos nossas vidas, o que nos aborrece, o que nos aflige, o que hoje é desafio como mulher moderna, o que estamos procurando mudar e melhorar para ficarmos em paz conosco.
Somos de religiões diferentes (ela é Batista, eu sou Espírita) e isso nunca nos atrapalhou.
Somos adeptas do Evangelho, acreditamos no Cristo e isso nos basta.
Juntas já fomos muitas vezes ao Morro de São Paulo e é sempre divertidíssimo viajar com ela.



Selma me avisou que viria à Salvador. E já chegou me trazendo um presente lindo. Ela nunca esquece meu aniversário.
Fomos almoçar no restaurante escola do SENAC, no Pelourinho, maravilhoso por sinal.
Fomos escolher uma tatuagem nova para ela. Ela foi a responsável por eu fazer a minha primeira tatuagem. Temos estrelas em nossos corpos. E brilhamos em nossos corações.

Ficamos horas na frente do mar batendo papo. Ela estava hospedada num hotel maravilhoso em Ondina. Aproveitei para fotografar Selmística, ela sempre com alto astral, é uma energia que irradia nas fotos e adoro fotografá-la.
E ficaríamos dias assim, se ela ficasse por mais tempo. Penso que as melhores amizades que ficam são aquelas que não se perdem apesar dos caminhos distintos. Agradeço a Deus essa irmã de alma que ele me deu.

2 comentários:

Aquilino Paiva disse...

Lindo texto, irmazinha, emocionante mesmo. Amizade é isso aí...

Mari - Viver é uma dádiva! disse...

Lindo Alene! também tenho, apesar dos quatro irmãos de sangue, essas irmãs de alma que nos fazem melhores do que somos!