A lógica, após partirmos, se deixássemos um livreto de recordações, era talvez ser lido por nossos pais, se ainda estivessem vivos e pelos nossos filhos, se os tivéssemos.
Há, na verdade, poucas pessoas que lembrariam-se constantemente de nós, e talvez quisessem um maior contato conosco através de um diário de recordações.
Irmãos, amigos, parentes, esses não teriam acesso e se lembrariam de nós em datas especiais, como natal, nossos aniversários, ou o aniversário de nossas mortes, não mais que isso.
Mas então eles também morreriam e seríamos lembrados quando uma foto nossa caísse nas mãos de nossos netos, se os tivéssemos, curiosos pelo passado.
E nosso livreto talvez fosse para o lixo, numa dessas limpezas de sótão.
Não levariam 70, 80 anos... e já não seríamos mais lembrados por ninguém.
Mas eis que surge a internet.
Onde as velhas fotos dos álbuns de família, hoje um misto de códigos binários, junto com um monte de coisas que escrevemos sobre os momentos que vivemos, estão em nossas páginas pessoais, de comunidades e sites de relacionamento.
E já me pergunto se agora poderemos ser lembrados, não apenas por aqueles que conviveram conosco, mas sim por aqueles que vão ter acesso ao que pensamos, sentimos e registramos.
Pensei que esse era um bom motivo para eu ter um diário virtual.
Também meu menino, hoje tão pequeno, poder ter acesso ao que sinto, como sinto, como penso, o que vivo e não posso contar para ele. E quando a minha presença já não se fizer fisicamente, ele lembrar de mim, de verdade, ou até descobrir novas formas para lembrar de mim.
Quero ser lembrada.
Que Arthur (meu filho), os filhos dele e quem sabe, seus netos, possam um dia ter acesso a essa página, no database dessa plataforma infinita chamada internet. Estou supervalorizando o que vou escrever? OK, estou sim, supervalorizando um diálogo virtual, que travarei com os meus, quando eu não mais estiver fisicamente por aqui.
Por isso, antesquemeesquecam, ou Antes que me esqueçam, deixo aqui, registrado, minhas impressões de mundo. Elas valem para o momento em que escrevo. Dias, meses ou anos depois, eu devo mudar, então, antes que eu me esqueça, vou poder me atualizar.
Quero ser lembrada.
Que Arthur (meu filho), os filhos dele e quem sabe, seus netos, possam um dia ter acesso a essa página, no database dessa plataforma infinita chamada internet. Estou supervalorizando o que vou escrever? OK, estou sim, supervalorizando um diálogo virtual, que travarei com os meus, quando eu não mais estiver fisicamente por aqui.
Por isso, antesquemeesquecam, ou Antes que me esqueçam, deixo aqui, registrado, minhas impressões de mundo. Elas valem para o momento em que escrevo. Dias, meses ou anos depois, eu devo mudar, então, antes que eu me esqueça, vou poder me atualizar.
2 comentários:
Primeiraaaaaaaaaaaaaa!!!!
Quero ser lembrada por você, também, pelo menos no fato de ter incentivado a existência deste blog... e um pouquinho mais do que isso, espero!
Sei que as nossas lembranças serão bem mais ricas... como já são.
Bem vinda à blogosfera!!!
Bell, vc me incentivou mesmo com seu blog maravilhoso. bj
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