segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

No meio de uma estrada em Portugal... uma aventura com final feliz

Eu tenho saído, sempre que posso, com amigas a viajar por Portugal, pelo Norte, para fotografar lugares bonitos. É um projeto pessoal. Conhecer de verdade, esse país. E não sai caro as minhas viagens. Colocamos, em média, 5 a 8 euros de gasolina, por pessoa e andamos, em média, 100 a 150 km por viagem. E vamos a descobrir paraísos.
Ontem fomos ao Parque Nacional Peneda Gerês, que já conheço, para que a Bete pudesse conhecer. E eu estava disposta a fazer algumas imagens para a minha proposta.
No início do Parque paramos muito, várias imagens bonitas. É mesmo um lugar encantador. Seguem algumas imagens:


Mas após uma subida intensa e de uma descida íngreme, o carro parou. Simplesmente apagou e não consegui ligá-lo.
Claro que se fosse no Brasil, eu teria ficado muito nervosa. Estrada sem acostamento, uma super ladeira, enfim...  eu consegui estacionar o carro o mais próximo de um barranco e coloquei o triângulo a sinalizar o problema. E fui em busca de resgate.
Ligar para o seguro, dar as coordenadas de onde estávamos. No meio do nada, imaginem.
Ficamos paradas por quase duas horas até o resgate final, feito por um senhor do reboque, muito solícito e um taxista, super simpático, que o seguro providenciou.
Voltamos de forma confortável, mas um pouco frustradas do passeio terminar sem termos ido ao destino final, que era a Vila do Gerês.
Mas o tempo que passamos na estrada, ficamos a avaliar a situação, como duas brasileiras, sozinhas, numa estradinha no meio do nada. Como levamos tudo para um piquenique, tínhamos água, suco, algo para mastigar...

E se fosse no Brasil?
Será que nosso maior problema seria o resgate?
Será que teríamos rede de dados para a geo-localização?
Será que, diferente de Portugal, onde ninguém parou para nos abordar, teríamos sofrido algum tipo de assédio?
Cá, passaram muitos motociclistas, alguns a acenar, como em apoio, mas não pararam e também não pedimos que parassem. Talvez se tivéssemos pedido...
Mas o seguro faria o serviço e todos sabem disso. Cá é obrigatório ter seguro. Nenhum veículo anda pelo país sem seguro. Por este motivo ninguém para na estrada quando há carros quebrados.
Isso é um diferencial.
São pequenas diferenças de legislação que fazem grandes diferenças na prática.
A questão de Portugal ter índice baixo de violência, nem se fala, nos deixou muito tranquilas na estrada. Saber que não seremos roubadas ou violentadas, também nos deixou calmas, a brincar com a aventura que morreu ao meio. E ficaram só as fotos para rirmos de tudo isso.







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