Dias de pensar como vou me desfazer de tranqueiras. Fico acordada pensando em possibilidades. Doar ao bazar do Centro Espírita; fazer um bazar em casa; doar para pessoas que eu sei que ficariam felizes com alguns objetos. Estou com todas essas possibilidades e já colocando em prática algumas e ainda assim tem coisas para arrumar. Aliás, arrumar caixas é muito chato. E eu preciso acelerar este processo. Já tem 17 caixas arrumadas e penso que vai ter mais umas 17! Para onde vão? como vou guardá-las?
Eu me vejo mais leve, pois sei que quando eu voltar, vou poder adquirir coisas com mais consciência de necessidade real do que tenho hoje. Preciso ser menos consumista, isso tomei consciência.
Dias de limpeza de arquivos velhos. No computador, nas gavetas e na mente. Como acumulamos coisas. Vi que há coisas repetidas, que há textos que nunca vou ler, material perdido, com nomes que não tem nada a ver. E me voltei para minha mente, fazendo analogia com minhas lembranças, minhas memórias. Há muito equívoco lá também.
Tenho lido muito sobre as necessidades de adaptação a novas situações. E comecei a visualizar-me em situações novas: como agir, o que fazer? estou em exercícios de transformação fluídica do meu pensene nessa nova fase. A nova morada, a nova universidade, as novas aulas, os novos assuntos. Os temas de estudos. E também me dou a oportunidade de solucionar situações corriqueiras. Desmistificando-as. E se uma mala se perde? e se não consigo me comunicar bem em uma determinada situação? e se sofro algum tipo de discriminação? me vejo dando a volta por cima, tudo terminando bem. Eu me coloco mentalmente, já agilizando novos pensamentos, sentimentos e energias (pensenes), para tais ocorrências.
Uma colega que estimo bastante está com Leucemia e fico sabendo que está internada, iniciando químio, lutando pela vida. A reflexão desses dias tem sido a que não somos donos do nosso próprio destino. Será que volto? será que se voltar, volto para este mesmo apartamento? se não volto, como será a vida de quem fica? fui saber sobre testamento. Estou a pensar sobre decisões que os que ficam tomarão se eu não voltar. Dias a pensar na fragilidade.
Reconciliação. Vi uma palestra da TV Complexis, da Málu Balona, que falava da necessidade de se reconciliar consigo próprio e com os outros para não sobrecarregar o soma. Como quero viajar saudável e já vinha organizando as questões de relatórios médicos e exames check up, rotina e de imagens, para carregar comigo os mais variados documentos que facilitem viver longe, me atentei para um fato ainda mais importante: ando com pendências rancorosas, por conta de maus tratos afetivos e pensei que preciso curar logo para não levar sobrepeso na alma. Vi que carregar rancor na mala afetiva pode só me adoecer o soma (corpo), estando longe e sem ajuda de ninguém. Então, a palavra de ordem é perdão e reconciliação. Se vou conseguir isso em um dia, uma semana, um mês, não sei, mas daqui a dois meses, preciso estar mais leve do que estou hoje.
Dias de muito e intenso trabalho. E a ficha vai caindo, vai ter dia em que eu vou ficar sem nada para fazer, e vai ser bom. Porque tem dia em que estou em tanta correria que nem tempo eu tenho para pensar. #mudarotina
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