Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
domingo, 29 de setembro de 2013
Em nova morada, em nova vida...
Lá vou eu, de novo... só este ano, é a terceira casa. Mudança, caixas, jogando coisas fora, doando outras, reciclando. É hora de fazer a vida renovar.
Preciso dizer o motivo de tantas mudanças. Não dependeram de mim, não foi apenas vontade de mudar. Na casa de Stella, no Petromar, vizinhança complicada me obrigou. Um boteco que colocava música alta, na esquina da rua, não me deixava descansar de quinta à noite ao domingo de madrugada. Chegava de viagem cansada, depois de uma semana de trabalho e não conseguia sossego. Estudar e ler nos finais de semana, impossível. E ouvir filme, só com fone. Tipo de música? "abaixa, abaixa... levanta, levanta,... a bicicletinha e a calcinha..." poesia do pagode e do axé... e por aí vai.
Tá, os incomodados que se mudem, porque liguei trocentas vezes para um tal Sucom (órgão fiscalizador) que nunca deu jeito, então eu dei: mudei.
Rua tranquila. Casa do tamanho da metade da outra. Um caminhão pequeno, cheio de móveis eu doei. Não doeu nada, a minha vida ficou mais leve.
Descobri, em 2013, que sobrevivo com menos. Menos roupas e móveis, menos decoração, menos tudo que parece encher caixas para nada.
Na outra casa, condomínio de seis casas, apenas três ocupadas, entrou ladrão 9h da manhã de um sábado. Sorte eu estava trancada, ainda deitada, senão teria entrado em minha casa. Invadiu uma casa fechada. Não havia grades, não havia muros, e fiquei mais alguns meses no lugar, mantendo-me trancada todo tempo, com medo de malandro de novo invadir esse espaço tranquilo demais.
Enquanto isso, a pessoa especial da minha vida, que nos últimos meses tem me ajudado a enfrentar essas tempestades ponderou da necessidade de eu morar mais perto de onde acontece a vida cultural e social dessa cidade horrível de trânsito.
Stella está a 30, 40 km dos teatros, centros de cultura e locais de eventos.
Ponderei e ele me ajudou a encontrar um ap antigo, grande, precisando de reformas, mas que com poucos empréstimos eu daria conta de comprar.
Caixas, novas doações, leveza na alma, ajuda da terapeuta, para sair do bairro onde a avó e a madrinha de filhote moram e onde o pai está sempre. Terapia transformando, aprendendo a olhar minha vida de forma mais independente.
E cá estou, na terceira casa em 2013. Novas expectativas...
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Um comentário:
Boa sorte, Ale!
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