Meditações, impressões da vida, memórias revisitadas, crônicas fotográficas, muito blá blá blá... É só para deixar registrado o que penso do mundo (antes que eu morra e não conte, ou mostre, nada a ninguém).
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Meu adeus ao Conde
Minha vida inteira tive uma relação umbilical com o Conde, município a 180km de Salvador, no litoral norte. Todos os anos da minha infância e boa parte da adolescência, nas férias, uma viagem era obrigatória, para ver avós, tios, primos, e vivenciar sabores, cheiros, cores e emoções que só se vive em casa cheia de gente.
A vovó morreu no ano passado. E com ela morreu o último grande motivo de ir ao Conde.
Essa semana, com a notícia da venda da casa da vovó, resolvi ir me despedir. Não só das coisas dela, da casa, mas também daquela cidadezinha da qual guardo tantas lembranças. E levei Arthur comigo.
Na casa da vovó, fui agraciada com pequenas lembranças dela. Tia Nydia deixou que eu ficasse com pequenas peças de louça. Artigos que a vida inteira estavam com ela. Tia Nydia disse que são peças que eram da mãe de vovó, minha bisa Lavínia ou eram da sogra dela, minha bisa Sinhá.
Da casa, a maior das lembranças é a mesa farta, cheia de gente ao redor.
Da minha avó, a mulher amarga e brava que vi envelhecer com sabedoria, ajudando a todos, sempre útil e ativa, sempre cheia de fé.
Da cidade, os rios, o mar, a cachoeirinha, a fazenda Capoeira, as brincadeiras de menina, os paqueras, as longas conversas com meu pai e fotos, muitas fotos...
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Um comentário:
Que bom ter coisas boas pra recordar. As fotos estão lindas, você idem!
Bjooo
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